Lula rebate afastamento de Bolsonaro e Roberto Jefferson
Petista disse que caso envergonha o país e volta associar ex-deputado a Bolsonaro
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Um dia depois do episódio que culminou na prisão do ex-deputado Roberto Jefferson, o candidato à presidência da República pelo PT, Luiz Inácio Lula da Silva, voltou a repudiar a ação do ex-presidente do PTB, que resistiu à prisão e atirou contra agentes da Polícia Federal, neste domingo (23.out), no Rio de Janeiro. Para Lula, a ação "é resultado" do governo de Jair Bolsonaro (PL).
"O Roberto Jefferson é praticamente uma fotografia. É resultado do que acontece no governo Bolsonaro, de tudo o que plantaram no país, num momento de muitas mentiras no Brasil. Não é o comportamento de uma pessoa normal. E mais uma vez o presidente tenta contar mentiras ao ponto de chegar a dizer que não conhecia, que não era amigo do Roberto Jefferson", disse Lula.
As declarações foram dadas durante conversa com a imprensa na tarde desta 2ª feira (24.out) em São Paulo.
O candidato avaliou que o episódio envergonha o país e pode servir de ensinamento para a escolha nas urnas, no segundo turno do próximo dia 30 de outubro."É uma eleição que vai definir se a gente quer viver num regime democrático ou se a gente quer viver uma barbárie ou num neofascismo. Precisamos restabelecer a normalidade do Brasil com urgência".
Ainda sobre as tentativas da campanha de Bolsonaro para minimizar o desgaste provocado por Roberto Jefferson, Lula rebateu. Disse que ao tentar se descolar do ex-deputado, o mandatário coloca em cheque à inteligência dos eleitores.
"O cidadão [Bolsonaro] não pode achar que o Brasil é composto de 215 milhões de imbecis, ele só pode pensar isso. A desfarçatez com que ele despreza um aliado. Um aliado de todas as horas. Um alido que esteve com ele nas eleições, um aliado que esteve com ele ofendendo a Suprema Corte, ofendendo à justiça eleitoral e de repente ele fala que não conhece e chama o rapaz de bandido, um cara que era aliado dele" questionou Lula.
O petista classificou o mandatário como "um mentiroso compulsivo, que não tem controle", ao responder sobre a estratégia de campanha de Bolsonaro, de tentar vincular Roberto Jefferson à Lula e ao PT.
Na última semana de campanha o candidato ao Planalto disse que pretende discutir pautas de interesse do país, convencer os indecisivos e ganhar votos.
"A sociedade tem uma chance agora, no dia 30 de outubro, que é tentar restabelecer a normalidade nesse país. Um presidente que discuta os assuntos que são pertinentes à sociedade, que a gente discuta a economia e como fazer esse país voltar a crescer, como gerar emprego, como aumentar salário. Estamos discutindo mais uma presepada do presidente da República", frisou.
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