Campanha de Bolsonaro tem que retirar vídeo que liga Lula a aborto
TSE determinou que material que diz que petista incentiva mãe a matar filho é fake news
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mandou a campanha do presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) retirar do ar propaganda que vincula Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao aborto. A decisão da ministra Carmen Lúcia, deste domingo (16.out), atendeu pedido do PT e diz que as afirmações são falsas.
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A ação movida pela Coligação Brasil da Esperança, de Lula, é contra o senador Flávio Bolsonaro (PL), coordenador da campanha de reeleição, e contra o responsável pelo perfil @AnyPires51 no Twitter.
O vídeo que foi questionado no TSE mostra, segundo o pedido, "falas descontextualizadas do ex-presidente Lula". O materal tem a voz do narrador, que cita Madre Tereza de Calcutá. Uma voz dublada informa: "E se uma mãe pode assassinar seu próprio filho em seu próprio ventre o que falta a nós para matarmos uns aos outros?". E logo em seguida, o narrador cita Lula, que "defende o aborto". Falas de Lula: "E a madame, ela pode fazer um aborto em Paris. Aqui no Brasil ela não faz porque é proibido. Quando na verdade deveria ser transformado numa questão de saúde pública e todo mundo ter direito. Essa pauta da família, a pauta dos valores, é uma coisa muito atrasada".
Carmen Lúcia atendeu o pedido da campanha do PT. "O vídeo veiculado na televisão e nas redes sociais, sobre o qual se questiona no presente caso, apresenta conteúdo produzido para desinformar e tisnar a honra do candidato da coligação representante, constituindo propaganda eleitoral negativa, inaceita no sistema jurídico vigente."