SP: Haddad busca conselhos sobre como ajudar pessoas em situação de rua
Candidato se reuniu com padre Julio Lancelotti e outros líderes religiosos para discutir o problema
Simone Queiroz
O candidato Fernando Haddad (PT), participou na manhã desta 2ª feira (10.out), de um encontro com representantes do candomblé, do islamismo, e um pastor evangélico, na Paróquia São Miguel Arcanjo, na zona leste da capital paulista, onde atua o padre Julio Lancelotti, da Pastoral do Povo de rua.
A reunião agendada a pedido da esposa de Haddad, Ana Stella, teve o objetivo, não só de exaltar a tolerância religiosa, como discutir soluções para um problema que atinge São Paulo, e cidades em todas as regiões do Brasil: o crescimento da população em situação de rua.
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A estimativa da Pastoral é de que hoje há cerca de 70 mil pessoas vivendo nas ruas da capital paulista e cidades paulistas. Haddad se comprometeu, caso eleito, a trazer para o Governo estadual a responsabilidade pelo problema, tradicionalmente tratado como assunto municipal.
"Eleito governador, assumo a responsabilidade do Estado de coordenar as ações, inclusive junto aos prefeitos e à sociedade civil organizada. Não podemos empurrar o problema para os prefeitos, imaginando que lá na prefeitura vai resolver."
Haddad prometeu fazer um censo da população de rua e esclareceu que não existe uma solução única, porque as situações são diversas. "Uma coisa é um jovem egresso do sistema prisional, com ou sem dependência química. Outra coisa são famílias com crianças em idade escolar e às vezes idosos que estão nas ruas das nossas cidades", afirmou.
Na ocasião, o padre Julio, na presença dos demais líderes religiosos, e de moradores em situação de rua diariamente atendidos na paróquia, disse ser preciso derrubar mentiras que circulam na internet e desinformam a população:
"Ninguém vai fechar igrejas, parem de falar essa besteira. Essa história de banheiro unissex nas escolas é fakenews. Nenhum Presidente da República pode instaurar o comunismo, se fizer, vai ficar sozinho no Brasil. E nenhum Presidente pode legalizar o aborto, teria que ser discurtido no Congresso, no Supremo Tribunal Federal, e não é um anseio da população brasileira. Nós queremos, sim, discutir fome, habitação e fortalecimento do SUS ".
Participaram do encontro a Mãe Naira e Mãe Lúcia, do candomblé, o pastor Leandro, da igreja evangélica e o líder religioso do islã, sheik Rodrigo Jalloul.