Publicidade
Eleições

SP: Haddad acusa Tarcísio de "falta" de propostas e aposta no interior

Candidato rebateu intenção do adversário de retirar câmeras de uniformes policiais e comentou relação com MDB

Imagem da noticia SP: Haddad acusa Tarcísio de "falta" de propostas e aposta no interior
Homem branco, de camisa azul, falando em púlpito com microfones durante entrevista
• Atualizado em
Publicidade

Fernando Haddad, candidato do PT ao governo de São Paulo, criticou a "falta" de propostas do adversário Tarcísio de Freitas (Republicanos). O petista concedeu entrevista antes de caminhada em Campinas, no interior paulista, ao lado do presidenciável Luiz Inácio Lula da Silva, na manhã de sábado (8.out). 

+ Leia as últimas notícias no portal SBT News

Segundo Haddad, Tarcísio não conhece a cidade e não tem propostas para a região. O petista também argumentou se o concorrente investiu na região quando o estreante na disputa estava no Ministério da Infraestrutura do candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL). 

O petista também rebateu a proposta do adversário de retirar as câmeras acopladas aos uniformes de policiais militares no estado, medida que, de acordo com Haddad, tem "90% de aprovação". O candidato ainda fez uma provocação dupla ao opositor, sugerindo que a ideia pode favorecer milícias e relembrando que ele é carioca. "Vai trazer milícia do Rio de Janeiro pra cá?", indagou. "As pessoas têm memória das propostas que defendi no primeiro turno", completou Haddad.

Haddad relembra eleição de 2012

O candidato petista, contrariando pesquisas, saiu atrás quando as urnas do primeiro turno no último domingo fecharam, ficando com 35,70% dos votos válidos, contra 42,32% do republicano. Como aposta a mudar o resultado, Haddad argumentou que em 2012 também saiu atrás na primeira etapa quando disputou a prefeitura de São Paulo. À época, ele foi vitorioso em segundo turno. 

Naquela ocasião, o petista obteve 28,98%, ante os 30,75% alcançados por José Serra (PSDB) no primeiro turno. Enquanto no segundo, virou e foi eleito com 55,57% dos votos. Com isso, Haddad creditou a vitória na capital paulista na disputa ao governo, "contra todas as previsões, inclusive da imprensa". Considerando que já previa a vitória na cidade onde foi prefeito, Haddad afirmou que o objetivo é "trabalhar o interior nesse segundo turno". 

Com tempos iguais de TV na segunda etapa da disputa, o ex-prefeito afirmou que insistirá nas propostas após considerar que o tucano derrotado Rodrigo Garcia (PSDB) e Tarcísio de Freitas tinham uma "aliança" no primeiro turno, com "80% do tempo". O petista também afirmou que o candidato ao senado aliado a Garcia, Edson Aparecido, dedicou as 14 inserções a atacá-lo. "Isso não vai mais existir no segundo turno", pontuou. 

Ricardo Nunes e a eleição municipal de 2024 

A entrevista, em determinado ponto, chegou a resvalar na futura disputa municipal de 2024. O atual prefeito paulista, Ricardo Nunes, é do mesmo MDB da ex-presidenciável Simone Tebet, que declarou apoio a Lula.

"É preciso respeitar as pessoas e a circunstâncias. Eu entendo perfeitamente que o prefeito de São Paulo, em virtude da nossa aliança para 2024, esteja preocupado". Segundo o petista, a cidade está "muito abandonada" e que "a fila do SUS [na capital] é a maior da história". 

"Não posso constranger uma pessoa da qualidade da Simone, não posso constranger uma pessoa que é de outro estado a bater de frente com o seu partido aqui, que tem interesses locais. Eu tenho o maior respeito por ela, teve um papel muito digno durante a campanha, uma pessoa que procurou apresentar propostas, procurou dialogar com o Brasil, tanto é que ela saiu grande politicamente da disputa", considerou o candidato de Lula ao governo paulista. 

LEIA MAIS:

Publicidade

Últimas Notícias

Publicidade