Pesquisas são confiáveis e devem ser consideradas, dizem especialistas
Agregador de pesquisas traz média dos levantamentos feitos no país
Lívia Raick
A partir desta 6ª feira (7.out), o SBT Brasil vai dar continuidade à divulgação de pesquisas eleitorais agregadas, uma média de levantamentos feitos no país sobre a intenção de voto para presidente da República.
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É um trabalho minucioso e atento. Desde janeiro, Marcelo Soares checa pesquisa por pesquisa de intenção de voto, para agregar dados da eleição. Ele é fundador do instituto de inteligência de dados Lagomdata, que faz esse levantamento sobre as pesquisas para presidência da República. O trabalho leva em conta pesquisas feitas pelos principais institutos, como Datafolha, Ipec e e PoderData.
"Todo dia sai alguma pesquisa nova, às vezes três ou quatro pesquisas, e cada pesquisa tem um resultado diferente das outras, às vezes um pouquinho diferente e às vezes muito diferente. Por isso, baseado em experiências que já aconteceram em outros países, a gente está tentando fazer essa media das pesquisas pra entender esse ambiente inteiro, pra que lado ele está indo em conjunto, porque assim a gente consegue observar a evolução em cada semana", diz Marcelo.
Especialistas afirmam que as pesquisas são confiáveis e devem, sim, ser levadas em consideração, porque o que se projeta nelas é uma média de intenção de votos, da opinião do eleitorado no momento das entrevistas, e não o comportamento final nas urnas.
Além disso, é preciso considerar a abstenção de voto, que nesse ano chegou a 21%, como explica Antonio Lavareda, presidente do conselho do Ipesp, Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e econômicas.
"O Brasil não pode assistir a isso com naturalidade, quase 33 milhões de brasileiros sem exercer o seu direito de voto e a sua obrigação de voto. O volume maior dessa abstenção é explicado por uma dificuldade, pelo custo de votar para os eleitores mais pobres, que não tem transporte público no dia", afirma.
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