Auditoria do PL em urnas eletrônicas cita 'falhas' para TSE
Presidente do partido, Valdemar Costa Neto, visitou pela manhã sala de totalização dos votos
Uma nota divulgada pelo Partido Liberal (PL) sobre as conclusões de auditoria feita pelo partido nas urnas eletrônicas aponta que foram encontradas "falhas" no processo usado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), passíveis de correção ou adequação. As conclusões sobre o levantamento foram divulgadas nesta 4ª feira (28.set), mesmo dia em que o presidente da legenda, Valdemar Costa Neto, visitou a Corte.
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"Os resultados da auditoria do PL, conduzida desde julho último, reúnem informações relevantes, que permitiriam à alta direção do TSE tomar as precauções necessárias para prevenir e detectar erros e fraudes e garantir a integridade dos resultados das eleições de 2022", registra o partido.
"Ao todo, foram 24 itens identificados como falhas, quando confrontados com a Constituição Federal, leis, resoluções, normas técnicas e boas práticas", informa nota do PL sobre a auditoria. O documento detalha ainda em temas os problemas, enviados no Relatório de Auditoria de Conformidade do PL para o TSE. Entre eles, "descumprimento de resoluções, leis e da Constituição Federal", "sigilo do voto" e governança organizacional do TSE".
Segundo o PL, a "equipe técnica do Instituto Voto Legal (IVL) foi contratada" para a fiscalização de todas as fases da votação, apuração e totalização dos resultados da eleição. "Foram adotados, até agora, dois instrumentos de fiscalização, amplamente utilizados pelo TCU."
O partido informa que "os auditores apresentam e discutem as oportunidades de melhorias com a organização auditada" e que divulgou a nota por falta de respostas do TSE. "Não obstante a urgência e a gravidade das evidências encontradas, o TSE não respondeu, até o momento, aos inúmeros pedidos para agendar uma reunião para tratar do tema. Este fato tornou necessária a divulgação dos resultados da avaliação da equipe técnica do PL, sobre os documentos públicos encontrados."
TSE
Na manhã desta 4ª feira (28.set), o presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, esteve no TSE com outras autoridades em visita ao espaço onde é feita a totalização de votos. O presidente do Tribunal, ministro Alexandre de Moraes, foi quem acompanhou a comitiva. Segundo ele, não se tratava de uma "sala secreta nem sala escura" -- em referência à críticas feitas pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) e apoiadores. Segundo ele, o espaço é "claro" e estará aberto a todas as entidades, partidos políticos e outras instituições que se inscreveram para acompanhar o processo de apuração.
Valdemar Costa Neto tem publicamente amenizado os questionamentos do partido à lisura do sistema de urnas eletrônicas. Na visita à Sala de Totalização de Votos, com representantes de entidades fiscalizadoras, de partidos, missões de observadores nacionais e internacionais, ele foi perguntado por um jornalista se a sala era secreta. "Não tem mais. Agora é aberta", respondeu.
Moraes afirmou, após a visita, aos jornalistas, que não era uma sala secreta. "Nós realizamos hoje uma visitação à sala de totalização exatamente para mostrar o que já é óbvio, mas sempre é importante atuar com transparência, com lealdade a todos aqueles que participam do processo eleitoral para demonstrar que é, como vocês puderam ver, uma sala aberta, é uma sala clara. Não é nem sala secreta, nem sala escura."
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