Bolsonaro culpa Orçamento por cortes em merenda escolar

"Orçamento é feito a quatro mãos: Executivo e Legislativo", justificou, citando o Congresso Nacional

Lis Cappi

24/09/2022 às 19h12 • Atualizado 31/10/2023 às 01h20

Questionado pelos cortes em merendas escolares no Brasil, o presidente Jair Bolsonaro (PL), que tenta a reeleição, culpou o Orçamento federal pela restrição. "É feito a quatro mãos", declarou, citando o Congresso Nacional. A afirmação foi dada neste sábado (24.set), em resposta a uma pergunta da candidata Simone Tebet (MDB), no debate do SBT e outros veículos de imprensa.

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A senadora questionou a falta de prioridade às crianças, citando reportagens que apontam creches em que a alimentação infantil tem se baseado em biscoitos e sucos -- pela falta de recursos. Bolsonaro justificou, no entanto, que o "orçamento não é eu [sic], orçamento é uma Lei". E citou voto de Tebet às emendas de relator, que ficaram conhecidas como orçamento secreto. A senadora negou ter sido favorável à medida.

"A senhora derrubou o veto do dito orçamento secreto. Esse orçamento é totalmente administrado pelo relator, do Senado ou da Câmara, eu não tenho esse Orçamento", declarou.

Soraya Thronicke (União) também citou os cortes em merendas escolares no governo Bolsonaro em uma declaração ao candidato do Novo, Luiz Felipe D'Avila. Em uma pergunta irônica, a candidata indagou: "O que é, o que é: Não reajusta merenda escolar, mas gasta milhões em leite condensado. Tira remédio da farmácia popular, mas mantém a compra de viagra? Não compra vacina para covid, mas distribui prótese peniana para os seus amigos. O que é o que é?".

Em resposta, D'Avilla criticou o orçamento do país. "É uma vergonha quando olhamos o orçamento dessa nação. Não são as prioridades do cidadão que estão completadas. São as prioridades das corporações, de quem tem lobby no Congresso, por isso, quando se aprovou uma pec kamikaze quebrando teto de gastos, gastando mais do que se tem", afirmou.

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