Bolsonaro critica decisão de Fachin sobre a compra de armas e munição
O candidato à reeleição pelo PL deu entrevista à Jovem Pan nesta 3ª feira (6.set)
O presidente Jair Bolsonaro (PL) criticou nesta 3ª feira (6.set) em entrevista à Jovem Pan a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin que suspendeu trechos de decretos presidenciais que flexibilizaram a compra de armas e munição por cidadãos comuns.
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Em decisão liminar na 2ª feira (5.set), o magistrado restringiu a aquisição de armas de fogo e munições que podem ser obtidas por CACs (caçadores, atiradores e colecionadores), sob o argumento de aumento do risco de violência política na campanha eleitoral. Fachin também determinou que a posse de armas só pode ser autorizada a pessoas que demonstrem "efetiva necessidade" do uso desses equipamentos.
Hoje, Bolsonaro disse que -- se for reeleito -- vai rever a decisão. "Não concordo em nada com o senhor Fachin. E peço a quem está assistindo, acredite em mim. Acabando as eleições, a gente resolve essa questão dos decretos em uma semana. Porque todo mundo tem que jogar dentro das quatro linhas da Constituição. Encerrou por aqui o assunto dos decretos. Acabando as eleições, eu sendo reeleito, a gente resolve esse problema e outros problemas. Pode ter certeza disso. Todos têm que jogar nas quatro linhas da nossa Constituição", afirmou Bolsonaro.
Imóveis
Na sabatina da Jovem Pan, o presidente da República reagiu a um questionamento da jornalista Amanda Klein sobre a suspeita de que ele e familiares compraram imóveis com dinheiro em espécie. A denúncia foi publicada pelo portal UOL.
Bolsonaro classificou a pergunta da jornalista como "leviana" e disse que o marido dela é eleitor dele. "Amanda, você é casada com uma pessoa que vota em mim. Não sei como é o teu convívio na tua casa com ele", disparou. Por sua vez, Amanda Klein disse ao presidente que a vida particular dela não está em pauta, e defendeu uma resposta de Bolsonaro por ele ser uma pessoa pública.
7 de Setembro
Na entrevista, Bolsonaro também falou das comemorações do 7 de Setembro. Para o presidente, "no passado eram apenas desfiles militares. Agora, a participação do povo nunca foi maciça e começou a crescer porque o povo começou a se inteirar, a saber de política, conhecer política". E acrescentou dizendo: "Por que temer o povo? O poder emana do povo ou não?".
A preocupação com a segurança já envolveu o Ministério Público, o Supremo Tribunal Federal e a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal que "vai colocar todo o efetivo policial de prontidão municiado com equipamentos para contenção de protestos como bombas de gás, de luz e som, além da cavalaria. E as folgas foram canceladas no feriado".
A Polícia Militar do Distrito Federal planeja organizar o maior esquema de segurança já montado em uma manifestação na Esplanada dos Ministérios. Todo o efetivo foi convocado, as folgas foram suspensas. A PM-DF conta ainda com apoio da Polícia Rodoviária Federal, Polícia Federal e Força Nacional. A quantidade de agentes, porém, é considerada informação sigilosa.
Com receio de eventuais tentativas de invasão, o acesso ao Congresso Nacional, ao Supremo Tribunal Federal (STF) e a prédios como o Palácio do Itamaraty e o Palácio da Justiça estarão bloqueados por meio de grades e agentes de segurança.
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