Evento em São Paulo discute equilíbrio entre os Poderes
Entre os participantes, ministros do STF e do governo, além dos presidentes da Câmara e do Senado
![Evento em São Paulo discute equilíbrio entre os Poderes](/_next/image?url=https%3A%2F%2Fsbt-news-assets-prod.s3.sa-east-1.amazonaws.com%2FEsfera_f33b4f580d.jpg&w=1920&q=90)
A democracia, as eleições e os questionamentos sobre as urnas eletrônicas marcaram o debate desta 6ª feira (19.ago) no seminário "O Equilíbrio entre os Poderes", que aconteceu em São Paulo, com representantes dos três Poderes da República.
+ Leia as últimas notícias no portal SBT News
No evento, ficaram lado a lado o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL); do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG); o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira; e o ministro do Supremo Dias Toffoli, que garantiu a continuidade do processo democrático.
"Não adianta ficar discutindo: não vai ter golpe. As nossas Forças Armadas são instituições que sabem muito bem o preço que elas pagaram quando ficaram no poder por muito tempo", disse o ministro, que foi aplaudido no meio da fala. "Se nós ficarmos nesse impasse da urna, da urna, da urna, nós vamos ficar alimentando ódios desnecessários."
Dois ministros do presidente Jair Bolsonaro (PL) que também estiveram no evento entraram na discussão. Para Ciro Nogueira, ministro da Casa Civil, o sistema eleitoral brasileiro é confiável. "Eu mesmo confio nas urnas brasileiras. Agora eu acho que não é inviolável para sempre. Nós temos que, a cada dia, aprimorar nosso sistema, coisa feita até pela própria Justiça Eleitoral", afirmou.
Para Fábio Faria, ministro das Comunicações, há diálogo das Forças Armadas com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). "Acredito que a parte técnica está sendo discutida entre o TSE e as Forças Armadas para que possamos chegar no mínimo de um consenso entre as partes. E que a gente tire de uma vez por todas esse assunto da frente", pontuou.
No encontro com empresários, os representantes do Legislativo disseram não ter dúvidas de que o vencedor da eleição será empossado.
"O papel do Legislativo é de garantir à sociedade brasileira e ao Brasil que no dia 1º de janeiro de 2023 será dada posse ao eleito pela vontade popular. O Brasil precisa ter estabilidade", disse Rodrigo Pacheco, presidente do Senado.
"O presidente que for eleito terá a tranquilidade de saber que assumirá o seu mandato. Quem ganha tem que ser reconhecido", afirmou Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados.
Com a proximidade das eleições, o encontro entre Poderes acabou virando mais um movimento em defesa da democracia e respeito ao resultado das eleições. Mas também houve espaço para pensar na retomada do ambiente de negócios e em crescimento econômico.
"Nós hoje sabemos como lidar com a inflação. Nós temos um banco central forte. Nosso PIB está crescendo em detrimento do resto do mundo. O Brasil está num momento muito bom. Então, temos de parar de parar de falar sobre ódio", enfatizou João Carlos Camargo, CEO da Esfera Brasil, organizadora do evento.
Leia mais: