Fachin diz que "sociedade não tolera o negacionismo eleitoral"
Ministro defendeu o sistema de votação brasileiro, a segurança das urnas, e afirmou que não haverá retrocesso
Em um dos últimos discursos no comando da Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ministro Edson Fachin afirmou nesta 3ª feira (09.ago) que a Justiça Eleitoral não se curvará à imposições e que também nao haverá retrocesso no proceso eleitoral do Brasil. As declarações foram dadas no Seminário de Direito Penal Eleitoral em defesa do Estado Democrático de Direito, dias após mais uma sequência de declarações do presidente Jair Bolsonaro (PL), que -- sem provas -- vem colocando em cheque a segurança das urnas.
"A ditadura, o inverno que teve lugar em nosso país, não há de voltar. A primavera há de seguir e aqueles que almejam impor isto ou aquilo à justiça eleitoral digo de alto e bom som: não nos curvaremos, não nos retrocederemos. A justiça eleitoral brasileira, a única voz que se impõem, é aquela que emana pela soberania do voto popular", afirmou Fachin.
O ministro disse ainda que "o desprezo ao sistema eletrônico de votação, só pode ser compreendido como um projeto autoritário e de matriz negacionista da realidade". E concluiu que "a sociedade não tolera o negacionismo eleitoral" e quem define o futuro do país são os brasileiros, protagonistas da democracia.
Edson Fachin segue no comando do TSE até o próximo dia 16 de agosto, onde passará a presidência do tribunal para o ministro Alexandre de Moraes, responsável pela condução das Eleiçõe de outubro.
