Adesão à carta pela democracia dispara e atinge 377 mil assinaturas
Texto de iniciativa da USP defende processo eleitoral e será apresentado no dia 11 de agosto

Camila Stucaluc
A adesão à carta pela democracia disparou nas últimas horas e atingiu, na madrugada desta 6ª feira (29.jul), 377 mil assinaturas. De iniciativa da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), o documento, que também defende o processo eleitoral brasileiro, foi publicado no último dia 26 e reunia apenas 3 mil assinaturas, com nomes de políticos, artistas, empresários, banqueiros e juristas.
+ Leia as últimas notícias no portal SBT News
Apesar do apoio, a plataforma que hospeda a carta vem sendo alvo constante de ataques hackers, com mais de 2,4 mil tentativas de invasão. Em nota, a USP informou que todas as tentativas de ataques estão sob monitoramento e que "foram estabelecidas diversas camadas de proteção nos portais" para identificar quem está promovendo as possíveis invasões, que serão levadas às autoridades competentes.
A divulgação da carta foi feita em meio ao constante ataque do presidente Jair Bolsonaro (PL) ao sistema eleitoral e à verificação de votos, o que, na visão dos opositores, representa um perigo à democracia. O intuito é chegar ao meio milhão de assinaturas até o dia 11 de agosto, data em que o documento será apresentado - que coincide com a leitura do manifesto contra a ditadura militar em 1977.
+ Bolsonaro diz que carta pela democracia é "político-eleitoral"
Segundo o diretor da Faculdade de Direito, professor Celso Fernandes Campilongo, o site da universidade recebeu mais de 6 milhões de visitas apenas no dia da publicação da carta. "Não estamos dando conta da demanda. O Brasil não aceita diminuições de sua democracia e de suas eleições. Não existe espaço para qualquer posição política ou ideológica antidemocrática no nosso sistema Constitucional", disse ele.