ONU expressa preocupação com eleições no Brasil e pede transparência
Alta Comissária de Direitos Humanos também fez um alerta para ataques contra legisladores e candidatos
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A Alta Comissária de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), Michelle Bachelet, expressou preocupação com as eleições brasileiras deste ano. Em pronunciamento nesta 2ª feira (13.jun), em Genebra, a diplomata pediu por um processo eleitoral "democrático", "sem interferência" e "transparente".
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"Em outubro vocês [brasileiros] têm eleições. Peço a todas as partes do mundo que as eleições sejam justas, transparentes e que as pessoas possam participar livremente", disse. "Será um momento democrático muito importante e não deve haver interferência de nenhuma parte para que o processo democrático possa ser atingido", acrescentou.
Bachelet, também ex-presidente do Chile, fez um alerta para os casos de violência policial e racismo estrutural no país, bem como para os ataques contra legisladores e candidatos, sobretudo os de origem africana, mulheres e pessoas LGBTI+. "Apelo às autoridades para que garantam o respeito aos direitos fundamentais e instituições independentes", frisou.
A Alta Comissária comentou ainda sobre as ameaças crescentes à ambientalistas e indígenas no Brasil, além da contaminação pela exposição ao minério ilegal de ouro. Segundo ela, o cenário é alarmante e fere os direitos humanos garantidos.
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Ainda hoje, ela anunciou que não irá continuar no cargo da ONU, após quatro anos no posto, mas não revelou o motivo da decisão. Recentemente, no entanto, Bachelet vinha sendo alvo de críticas de organizações internacionais, que a acusaram de ter uma posição tolerante diante das violações dos direitos humanos na China.