"Ele tem pauta pessoal, e nós, a do povo", diz Gleisi em ataque a Bolsonaro
Presidente do PT discursou em ato do 1º de Maio, assim como Boulos e Fernando Haddad
SBT News
A presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), deputada Gleisi Hoffmann (PR), fez ataques ao presidente Jair Bolsonaro (PL) ao discursar no ato do Dia do Trabalhador, organizado pelas centrais sindicais na Praça Charles Miller, em São Paulo. A parlamentar chamou o chefe do Executivo de "genocida", o culpou pela baixa renda e desemprego no país e disse que Bolsonaro "coloca como centralidade da sua pauta o interesse pessoal".
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Segundo Gleisi, isto ficou demonstrado quando, nesta semana, o presidente convidou para um ato contra o Supremo Tribunal Federal (STF). "Vocês acham que a causa da tristeza do povo Brasileiro é o Supremo Tribunal Federal? A causa da tristeza do povo brasileiro é não ter um projeto para este país. É ter gasolina cara, é ter óleo diesel caro, é ter gás de cozinha caro, é as pessoas irem ao supermercado e não conseguir comprar o necessário para dar sustentação às suas famílias", completou. Posteriormente, a deputada disse que Bolsonaro "quer tirar da centralidade da sua responsabilidade aquilo que é o motivo para a qual um governo é eleito: a vida do povo brasileiro". "E nós não podemos deixar isso acontecer. Nós lutamos pela democracia, pelas nossas instituições, pelo voto na urna eletrônica, mas sobretudo a democracia tem que ser consistente para a vida do povo. Democracia para nós é ter direito ao emprego, renda, comida, saúde e educação. É isso que nós queremos. Por isso a diferença: ele tem uma pauta pessoal, nós temos a pauta do povo. Por isso, Bolsonaro não volta, Bolsonaro vai para fora, e nós vamos devolver este Brasil ao povo brasileiro".
O ex-prefeito de São Paulo e pré-candidato ao governo do estado, Fernando Haddad (PT), também discursou no ato na Praça Charles Miller. A fala foi marcada por críticas a medidas adotadas no governo Michel Temer: "Nós estamos num momento, Gleisi Hoffmann, Lula, Boulos, num momento muito delicado da vida nacional, em que todas as centrais sindicais aqui representadas estão sendo gradativamente destruídas, para garantir que os lucros aumentem às custas do trabalhador, que vai no mercado e, a cada mês, compra menos comida para a sua família. Tem menos serviços públicos à sua disposição, com teto de gasto, com reforma trabalhista, com tudo que a gente sabe que o neoliberalismo trouxe de ruim para o nosso país".
Ao final, disse que os petistas e os demais presentes no ato recolocarão o "país no trilho da democracia e do desenvolvimento social". "Vamos botar os fascistas para correr. Vamos recolocar o Brasil na mão dos trabalhadores. É essa tarefa que nós temos pela frente. Porque o 1º de Maio do ano que vem vai ser o 1º de Maio da celebração dos direitos sociais e trabalhistas deste país".
Já Guilherme Boulos (Psol), líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e pré-candidato a deputado federal por São Paulo, chamou Lula de "nosso futuro presidente do Brasil", falou que há jovens trabalhando 12 horas por dia sem direito trabalhista no país, e apresentou considerações sobre as eleições deste ano, além de atacar Bolsonaro: "a eleição que nós teremos não será um eleição qualquer. Este ano é uma encruzilhada histórica do nosso país. São os direitos contra os privilégios. São a democracia contra a barbárie. É isso que está em jogo em 2022. E vocês não tenham dúvida que nós vamos derrotar o fascismo e vamos vencer. Que este seja o último primeiro de maio com um miliciano na presidência do Brasil. Que este seja o último primeiro de maio com a vigência de uma reforma trabalhista criminosa que tirou os nossos direitos. Nós sabemos, vai ser uma guerra. Eles vão usar todos os meios: fake news, grana, baixaria, ataques, ódio. E nós vamos usar os nossos meios, presidente Lula: os nossos meios é militância, é organização, é mobilização".
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