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Eleições

Ciro admite que começa a conversar com partidos da terceira via

Para o ex-governador, a candidatura de Moro era um obstáculo para a aproximação com o União Brasil

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Ciro Gomes (Gabriela Biló/Estadão Conteúdo)
• Atualizado em
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O pré-candidato à Presidência da República pelo PDT, o ex-governador Ciro Gomes admitiu que começou a conversar com lideranças de partidos como União Brasil e PSD em busca de apoio nas eleições de outubro. Em um evento realizado na 2ª feira (19.abr), no Distrito Federal, para o lançamento da pré-candidatura da senadora Leila Barros (PDT), a Leila do Vôlei, ao governo do DF, Ciro disse que só não tinha se aproximado das lideranças do centro democrático por causa da então candidatura do ex-ministro e ex-juiz Sergio Moro (UNIÃO).

"Tive um jantar 15 dias atrás com a direção do União Brasil. Bivar e ACM Neto. E eles perguntaram se eu admitia entrar em uma dinâmica de conversas com essas outras pessoas. Eu disse a eles que, a mim, repugnava a ideia de sentar com um inimigo da República como o Sergio Moro. Parece que essa questão está vencida, portanto, a única restrição que eu fazia está superada", disse Ciro.

Repúdio a comentário

Durante uma live sua, geralmente realizada nas redes sociais do pré-candidato nas noites de 3ª feira, Ciro Gomes voltou a criticar afirmação do presidente do Psol, Juliano Pedeiros, de que o ex-ministro da Defesa Aldo Rebelo é um "fascista de esquerda". A declaração foi feita nas redes sociais, em resposta a um usuário que citou Rebelo como uma candidatura da esquerda ao Senado.

Medeiros estava opinando sobre outras pré-candidaturas pelo estado de São Paulo quando o nome do ex-ministro surgiu na conversa. "Datena, Skaf, Janaína Paschoal e agora um jornalista da Jovem Pan que defende o extermínio de judeus. Esses são os pré-candidatos ao Senado em SP. É hora da esquerda apresentar uma alternativa e derrotar os novos e velhos bolsonaristas que disputam essa vaga. SP merece mais!", escreveu o dirigente do Psol. O ex- ministro Aldo Rebelo pretende concorrer a uma cadeira no Senado pelo PDT de Ciro Gomes. O convite para a disputa foi feito publicamente pelo presidente da sigla, Carlos Lupi, em evento no início deste mês.

Na live desta 3ª, Ciro falou para Juliano "lavar a boca" para falar de Aldo Rebelo, a quem se referiu como um grande estadista que não participa desse conchavo do PT. Ciro disse ainda que viu o Psol nascer, e aproveitou para criticar também a atual postura de Guilherme Boulos, de quem "sempre gostou muito", mas com quem se decepcionou já que até ele caiu no "conto da sereia" do ex-presidente Lula.

Mais cedo, no Twitter, Ciro já havia escrito um recado para o presidente do Psol. "O Juliano Medeiros não deve saber, mas o Aldo Rebelo é um dos líderes mais importantes da sociedade brasileira, militante desde os anos 60 da época da Ação Popular. Nacionalista e patriota de esquerda. Quem quer tutelar o voto alheio não tem moral para chamá-lo de absolutamente nada", afirmou o pré-candidato do PDT.

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