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"Pensamos em fazer bancada maior de parlamentares", diz Eduardo Bolsonaro

Deputado federal mais votado da história do Brasil deu entrevista a afiliada do SBT na Bahia

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Eduardo Bolsonaro (Reprodução/TV Aratu)
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O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL) disse nesta 3ª feira (19.abr), em entrevista à TV Aratu -- afiliada do SBT na Bahia -- que ele, o irmão Flávio Bolsonaro (senador pelo PL-RJ) e o pai, o presidente Jair Bolsonaro (PL), desejam "fazer uma bancada maior" de apoiadores no Congresso nas eleições deste ano, em comparação com o pleito de 2018, considerando que dispõem, por exemplo, de um fundo partidário superior. Eduardo é o deputado federal mais votado da história do país, tendo recebido 1,84 milhão de votos há quatro anos.

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"Certamente a gente está pensando em fazer uma bancada maior de parlamentares. A população brasileira está vendo que o problema não está mais na Presidência da República. Antigamente os escândalos eram quase que semanais, sobre problemas entre ministros ou mesmo envolvendo o presidente. Agora isso acabou e as pessoas estão vendo como que é a batalha das propostas do presidente Bolsonaro dentro do Congresso Nacional. E também estão mais cientes de como funciona o jogo em Brasília. O STF, obviamente não é todo ele é uma pequena parte, tem sido uma resistência às pautas do presidente, que foram as pautas vencedoras da eleição de 2018. Agora, quem é que aprova numa sabatina os ministros do STF e quem é que faz o impeachment de ministro do STF? São os senadores", falou o parlamentar, sem especificar com qual período estava fazendo a comparação sobre escândalos. Em março, o então ministro da Educação, Milton Ribeiro, deixou o posto em meio a polêmicas; um áudio divulgado pela Folha de S. Paulo em que Ribeiro assumia favorecer municípios indicados por dois pastores, a pedido de Jair Bolsonaro, marcou suas últimas semanas no cargo e selou sua renúncia.

Em outro momento na entrevista, nesta 3ª, Eduardo disse ser possível que até quatro integrantes do PL sejam eleitos deputados federais pela Bahia neste ano: "O André Porciuncula, que teve uma notoriedade nacional pelo seu trabalho na pauta da Lei Rouanet. O Alexandre Aleluia, que já é vereador de mais de um mandato, foi o sexto mais votado em Salvador, aumentou a sua votação na última eleição municipal, João Roma [pré-candidato a governador baiano] vindo colocando aqui as pautas conservadoras adiante no nordeste, junto com o presidente no nordeste. A gente tem aí uma atmosfera para fazer pelo menos três, talvez até quatro deputados federais aqui na Bahia, então é com isso que a gente trabalha, então tem espaço para todo mundo". Ainda de acordo com ele, gostaria que Aleluia concorresse para senador, mas, nas "configurações políticas" feitas, o PL terá a média Raíssa Soares disputando o cargo pelo estado.

Outro assunto abordado por Eduardo Bolsonaro foi a guerra na Ucrânia. Segundo ele, "o Brasil tem uma janela de oportunidades gigantesca nesse conflito". Entre essas oportunidades, disse, estão aumentar a exportação de alimentos e uma mudança no entendimento sobre o meio ambiente: "A questão ambiental ela só é importante quando é para prejudicar o Brasil, quando é para limitar a produção do produtor brasileiro. Quando é para limitar a produção do produtor europeu, aí a questão ambiental ela fica em segundo plano. Então esse é só um dos aspectos que vieram para mudar na geopolítica mundial".

Aborto

Em determinado momento da entrevista, respondendo a questão sobre o que pensa a respeito da declaração do ex-presidente Lula (PT) de que estaria disposto a discutir a desciminalizarão do aborto no país, Eduardo Bolsonaro classificou a prática como "falta de civilização". "Fala-se tanto em direitos humanos e aí você vai assassinar um bebê, que não tem culpa de nada, e só pode fazer isso aqueles que não foram assassinados dentro do ventre das suas próprias mães. Então o aborto é uma pauta que vai totalmente contra os valores de uma sociedade civilizada".

Sergio Moro

O deputado federal fez críticas também ao ex-juiz Sergio Moro. Após relembrar a saída dele do ministério da Justiça e Segurança Pública e, mais recentemente, do Podemos, declarou: "As pessoas começam a perceber que uma pessoa sem honra, sem caráter, sem nome, não é o melhor quadro para fazer parte da política nacional. Então eu acho que o Sergio Moro é um candidato aí natimorto, praticamente inexpressivo e está colocando a sua biografia acima de tudo. Tanto que ele mesmo está acabando por detonar a biografia dele".

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