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Eleições

Redes sociais criam plataformas de denúncias contra fake news nas eleições

Parceria com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) estabeleceu regras para priorizar dados oficiais

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Fake News
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A oito meses da eleição para eleger novo presidente, governadores, senadores e deputados federais, estaduais e distritais, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e as redes sociais firmaram parcerias para auxiliar no combate às notícias falsas durante o período eleitoral -- o primeiro turno está marcado para 2 de outubro e um eventual segundo, para o dia 30 do mesmo mês.

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A parceria faz parte do Programa Permanente de Enfrentamento à Desinformação na Justiça Eleitoral e será realizada com as plataformas digitais Facebook, Instagram e WhatsApp (sob comando da Meta, a recém-empresa criada para agregar os serviços de Mark Zuckerberg), Google e YouTube (aplicativos da Alphabet, companhia detentora dos apps do Google, incluindo o próprio buscador), Twitter, TikTok e Kwai.

"Nosso objetivo é desenvolver ações para coibir e neutralizar a disseminação de notícias falsas nas redes sociais durante as eleições deste ano. Paz e segurança nas eleições de 2022. Por isso, juntos, mais uma vez, vamos realizar, como sempre temos feito, eleições limpas, livres e seguras", ressaltou o novo presidente do TSE, ministro Edson Fachin.

As redes sociais terão de priorizar dados oficiais e vão se comprometer com a ação para mitigar as chamadas fake news. Em comum, todas as plataformas terão canais de denúncias disponíveis aos usuários.

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Apesar de o foco ser no pleito, as medidas devem valer até 31 de dezembro de 2022. A cooperação entre os softwares não envolve troca de recurso financeiro.

O Telegram não faz parte da aliança. O ministro Luís Roberto Barroso, ex-presidente da Corte eleitoral, tentou contato com a plataforma. A tratativa, porém, não obteve sucesso.

TSE e redes sociais fecham acordo para combater notícias enganosas durante eleição | Divulgação
TSE e redes sociais fecham acordo para combater notícias enganosas durante eleição | Divulgação

Meta: Facebook, Instagram e Whatsapp

O Facebook disponibilizará um recurso denominado "Megafone" para o TSE disparar mensagens relevantes acerca da organização das Eleições 2022 no Feed de Notícias dos usuários em dias de votação. 

A parceria com as redes de Mark Zuckerberg sob o guarda-chuva da Meta, novo nome oficial da empresa detentora do Facebook, Instagram e WhatsApp, desenvolverá um sticker -- as populares "figurinhas" -- sobre as eleições e viabilizará um chat automático (chatbot) no Instagram para esclarecimento de dúvidas dos usuários.

A rede social proporcionará capacitação ao TSE e os Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) durante este semestre com medidas de combate à desinformação adotadas pelas plataformas, boas práticas no uso dos recursos e funcionalidades, regras e políticas aplicáveis ao processo eleitoral e medidas adotadas em preparação às Eleições. 

Além disso, a empresa elaborará uma cartilha explicando o funcionamento da plataforma e vai promover o incentivo à participação feminina na política.

Google

A companhia fornecerá treinamentos com boas práticas na gestão de canais no YouTube e Google Ads ao TSE, TREs e atores relevantes, como partidos, organizações de checagem de fatos e instituições de pesquisa, além de parceiros do Programa de Enfrentamento à Desinformação.

Ainda será criado um "doodle" especial -- animação ou desenho com o logotipo da empresa estilizado -- para as eleições. 

O Google produzirá uma página global, em língua portuguesa, com dados e referências sobre tendências de pesquisas sobre eleição e, por fim, montará um relatório de transparência de anúncios políticos para o Brasil.

Kwai

O software de vídeos idealizará uma home page interna com materiais sobre a eleição. No período de campanha, a página terá informações sobre combate à desinformação, funcionamento e auditoria do processo eletrônico de votação, como tirar e regularizar o documento de votação.

O app pretende auxiliar na divulgação de conteúdos de serviços ao usuário, além de promover apoio à transmissão ao vivo de eventos do TSE. As equipes dos tribunais superiores e regionais passarão por treinamentos, incluindo a produção de vídeos informativos de até um minuto. O Kwai vai, ainda, apoiar instituições de checagem de fatos.

TikTok

A empresa chinesa terá uma página exclusiva com dados educativos e confiáveis sobre o processo eleitoral. Antes da votação, o TikTok fornecerá informações sobre combate à desinformação, funcionamento e auditoria do processo eletrônico de votação, como tirar e regularizar título de eleitor. Já no pleito, a plataforma tirará dúvidas sobre como votar e combater à desinformação.

O software chinês pretende enviar um retorno sobre os resultados das denúncias feitas pelos usuários, bem como apoiar sites e institutos de checagem. Assim como as empresas rivais, os conteúdos maliciosos serão removidos e profissionais dos tribunais terão treinamentos sobre a plataforma.

Twitter

A rede social ativará avisos de busca (denominados "search prompts") para auxiliar o cidadão a encontrar informação segura. O alerta permitirá visualização da página do TSE.

O sistema da plataforma terá um comando geral para esclarecer narrativas desinformativas sobre a urna eletrônica, além de esclarecer dúvidas sobre o período eleitoral. A técnica será ativada de forma contínua de 20 de julho de 2022, início do período de convenções partidárias, até novembro.

O recurso "Moments", usado em grandes coberturas e momentos pontuais, como complemento às transmissões de jogos, por exemplo, terá tuítes publicados nas contas do TSE, TREs, mídias e instituições de checagem de fatos.

O Twitter ainda prometeu apoio às iniciativas do tribunal, como transmissão de eventos, uso de hashtag com emoji exclusivo para o pleito, retuítes de postagens do TSE, e iniciativas de capacitação para equipes dos tribunais em relação às políticas, recursos e regras da plataforma.

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