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Alckmin mira governo de São Paulo e pode atrapalhar plano de Doria

Atual governador trabalha para que PSDB apoie o vice Rodrigo Garcia, do DEM, em 2022

Alckmin mira governo de São Paulo e pode atrapalhar plano de Doria
Alckmin visitou prefeito de Barueri, Rubens Furlan
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Além de ter que lidar com a sombra do atual governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, na disputa por quem será candidato à Presidência da República pelo PSDB em 2022, o governador de São Paulo, João Doria, agora tem outro problema pela frente: Geraldo Alckmin. 

Ex-governador de São Paulo por quatro mandatos, Alckmin vem realizando uma série de compromissos com prefeitos do interior do estado com a intenção de pavimentar o caminho para entrar na corrida pelo Executivo paulista nas próximas eleições. 

A candidatura de Alckmin para o Palácio dos Bandeirantes não está nos planos de Doria. O projeto defendido pelo atual governador é fazer com que o PSDB apoie a candidatura do atual vice, Rodrigo Garcia (DEM-SP), ao governo paulista. Seria ele, inclusive, quem herdaria o cargo de governador quando Doria se afastar para disputar a Presidência em 2022. 

O compromisso mais recente de Alckmin foi um almoço com o prefeito de Ribeirão Preto, Duarte Nogueira (PSDB), nesta 3ª-feira, e o presidente da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), Jonas Donizette, dois aliados históricos do tucano. No encontro, eles conversaram sobre o interesse de Alckmin em disputar o governo nas próximas eleições. 

Um dia antes, Alckmin se reuniu com o prefeito de Barueri, Rubens Furlan (PSDB). Após o encontro, Furlan divulgou vídeo nas redes sociais no qual chamou Alckmin de "grande amigo" e "grande governador". Disse ainda que os dois conversaram sobre política e economia e que a trajetória do ex-governador ainda não terminou.  

"Recebi aqui um grande amigo, o grande governador, doutor Geraldo Alckmin. Ele veio nos fazer uma visita. Veio falar a respeito da vida nacional, da economia, de política. E de tudo aquilo que ele sente", afirmou o prefeito.

"Que Deus abençoe sua trajetória, que ainda não terminou". 


Alckmin é apresentado como "governador emérito na gravação". Ao se manifestar, afirmou que Furlan é uma das grandes lideranças do estado e disse que foi até a cidade para abraçar as lideranças de uma cidade que é "orgulho de São Paulo". 

"É uma grande alegria trazer um abraço a Rubens Furlan, uma das grandes lideranças do nosso estado e do nosso país. E abraçar as lideranças de Barueri, essa cidade que é orgulho de São Paulo", afirmou no vídeo. 


"Vim aqui para trocar uma ideia sobre a saúde, sobre os desafios pós-pandemia, sobre a economia, sobre a política - que é coisa boa, né? Política bem feita é amor ao próximo.  Na vida não basta viver. É necessário conviver e participar. Estou muito feliz. Café muito gostoso e uma prosa deliciosa".

Candidatíssimo

Em conversa com aliados, Alckmin chegou a dizer com firmeza: 

"Eu vou voltar a ser governador de São Paulo"


A grande aposta do ex-governador tem sido no eleitorado do interior paulista cada vez mais crítico à gestão de Doria por causa da alta nos impostos de itens essenciais. Têm sido constantes os protestos de representantes do agronegócio no estado. 

Alckmin já está inclusive viabilizando o lado jurídico para poder se candidatar, e tem tido reuniões com seu advogado eleitoral com frequência nas últimas semanas. 

Outro viés tem sido se aproximar dos deputados paulistas em busca de apoio. Alckmin tem uma reunião agendada com o deputado Campos Machado nas próximas semanas, seu antigo aliado político que trocou o PTB pelo Avante após décadas no partido por desentendimentos com Roberto Jefferson, aliado de primeira hora do presidente Jair Bolsonaro. 

Outro tucano que está trabalhando pelo projeto de Alckmin voltar ao governo é o ex-presidente da seção estadual PSDB, Pedro Tobias. Em entrevista ao SBT News, Tobias confirmou que está trabalhando em parceria com o ex-governador e criticou Doria.

"Estou, sim, ajudando Alckmin. Vários ex-prefeitos também. O partido não é do Doria", disse.


Alckmin é padrinho político de Doria. Foi ele quem defendeu o nome do empresário para concorrer a prefeitura de São Paulo, em 2016. Os dois, no entanto, romperam relações quando Doria passou a manifestar interesse em disputar a Presidência em 2018, cargo também almejado por Alckmin na época. 

O tucano  foi governador de São Paulo até abril de 2018, quando se afastou do cargo para disputar a Presidência naquele ano. O tucano, porém, não chegou a ir sequer para o segundo turno, mesmo sendo o concorrente com a maior aliança e o maior tempo de TV.

A reportagem procurou Alckmin, mas o ex-governador não se manifestou.

Pauta religiosa

Líderes religiosos do estado também começaram a se organizar para defender a candidatura de Alckmin ao Palácio dos Bandeirantes em 2022. Eles criaram o GT Cristão, grupo com cerca de 20 lideranças de várias denominações religiosas que apoiam o projeto do tucano.

Nas últimas semanas, Alckmin tem marcado presença em eventos religiosos. Em fevereiro, esteve em missa na Catedral de São Miguel, na Zona Leste da capital. E já pretende marcar presença em outros cultos. Na próxima 5ª-feira (10.mar), o tucano deve ir à igreja El Shaddai, na Vila Prudente, também na Zona Leste. Alckmin também deve comparecer à missa em homenagem ao ex-governador Mário Covas, no sábado (6.mar), na Avenida Paulista.

"Por onde andamos, todos veem a candidatura de Alckmin ao governo de forma positiva e sem rejeição. O Doria se distanciou muito das igrejas", afirmou um dos coordenadores do GT Cristão, Geraldo Malta, liderança religiosa e ex-PSDB. Malta ajudou a coordenar outras campanhas de Alckmin ao governo de São Paulo. 

Malta afirmou ainda que o grupo deve marcar reunião com Alckmin nos próximos dias.
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