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Eleições

Jilmar Tatto se diz 'candidato do Lula' e nega que PT vá desistir da disputa à Prefeitura

Em entrevista ao SBT News, petista negou possibilidade de seu partido apoiar Guilherme Boulos (PSOL), que está à frente nas pesquisas

Imagem da noticia Jilmar Tatto se diz 'candidato do Lula' e nega que PT vá desistir da disputa à Prefeitura
Jilmar Tatto. Foto: Reprodução
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Na terceira entrevista do SBT News com os candidatos à Prefeitura de São Paulo, Jilmar Tatto (PT) negou que a direção do partido tenha desistido de sua chapa diante do mau desempenho nas pesquisas nessas primeiras semanas de campanha, conforme noticiado pelo jornal Folha de S.Paulo nesta 5ª feira (15.out).

Em levantamentos recentes do Datafolha e do Ibope, Tatto aparece com 1% das intenções de voto. "Não abandono (a candidatura). Eu sou o candidato do Lula, do PT. Estou saindo todos os dias as ruas. Começo (agora) a subir nas pesquisas, nem estou preocupado com isso. Tenho certeza de que vou para o segundo turno", disse. "O PT está unido aqui na cidade. Os deputados federais, estaduais e vereadores apoiam a minha candidatura", disse Tatto ao ser questionado sobre o motivo de PT e PSOL não terem criado uma chapa unificada da esquerda.

O SBT News ouviu o dirigente da campanha, o ex-ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência no governo de Dilma Rousseff, Gilberto Carvalho, que negou a possibilidade do PT apoiar Boulos no primeiro turno. "Isso é um anacronismo. O PT nunca iria lançar uma campanha para desistir em seguida. Tatto e o presidente Lula estão sendo muito bem recebidos nos bairros da periferia", disse.

Secretário municipal de Transportes nas gestões de Marta Suplicy e Fernando Haddad, Tatto foi questionado na entrevista sobre o processo em que é acusado de improbidade administrativa pelo Ministério Público de São Paulo em relação a contratos emergenciais de empresas que gerenciam a frota de ônibus na cidade. De acordo com as investigações, Tatto e 12 ex-presidentes da SPTrans empossados desde 2003 foram imputados pelo crime de dano ao erário ao gerar um prejuízo de estimado em R$ 492,6 milhões aos cofres municipais. A investigação tem como base movimentações suspeitas entre 2012 e 2016 das empresas que compõem o Consórcio Sete identificadas pelo então Conselho de Controle de Atividade Financeiras (Coaf), e atual Unidade de Inteligência Financeira, na ordem de R$ 168 milhões.

"O promotor pinçou o relatório da área técnica do Tribunal de Contas - não é nem decisão do plenário - e colocou todos os secretários que passaram (pela SPTrans) como réus, e eu fui junto. O único que ele não denunciou foi o Alexandre de Moraes, vai ver porque ele é ministro do Supremo Tribunal Federal. Não devo nada a ninguém", disse. "Os contratos emergenciais são quase uma rotina no dia a dia da gestão da cidade", disse ao comentar a modalidade de contratação que não passa pelo processo de licitação. O sistema de transporte público de São Paulo foi gerido por meio de contratos emergenciais por seis anos diante da dificuldade da prefeitura em lançar a licitação dos ônibus, aprovada no fim do ano passado.
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