SP: preço médio do self-service cresce quase 50% em 4 anos
Região Oeste concentra maior valor cobrado pela refeição por quilo, chegando a R$ 83
Camila Stucaluc
Comer fora de casa está cada vez mais caro em São Paulo. Um balanço do Procon-SP, realizado em parceria com o Dieese, mostrou que o preço médio do self-service por quilo ficou em R$ 83,14 no mês de outubro na capital, número 8,55% superior ao registrado no mesmo período em 2023 – quando o valor era de R$ 76,59.
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Desde janeiro de 2020, quando foi feita a primeira edição da pesquisa, o preço médio deste tipo de refeição acumula alta de quase 50% (48,57%). À época, o preço médio constatado para uma refeição self-service por quilo era de R$ 57,30.
Ao todo, foram analisados 350 restaurantes. A região Oeste foi a que registrou o maior preço do self-service por quilo: R$ 83,72. Em seguida, ficaram as regiões Centro (R$ 78,68), Leste (R$ 76,88), Sul (R$ 75,62) e Note (R$ 71,09). Em relação ao self-service com preço fixo, o maior valor cobrado também foi observado na região Oeste (R$ 54).
O prato feito, por sua vez, sofreu alta de 11,3% no preço médio entre outubro deste ano e outubro de 2023, ficando em R$ 33,49. O valor é superior à variação acumulada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) para o mesmo período, que foi de 4,73%.
Direitos do Consumidor
O Procon-SP reforça que restaurantes que oferecem refeições na modalidade por quilo não podem informar o preço apenas ao equivalente a 100g. Os estabelecimentos também devem informar o valor da tara (peso do prato) e veicular informação de preço apenas que corresponda ao valor mostrado na balança.
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No caso de vale-refeição, a aceitação como forma de pagamento não é obrigatória. No entanto, se houver adesivos ou outra forma de comunicação sugerindo a aceitação, o cartão não pode ser recusado. Aos consumidores que deixam sobras de refeição nos pratos, o estabelecimento não pode impor cobrança de taxa de desperdício.