Custo da cesta básica sobe pelo 2º mês consecutivo em 17 capitais brasileiras
Levantamento feito pelo Dieese aponta alta no preço da carne bovina, óleo de soja e café em pó; SP lidera ranking de valores
Camila Stucaluc
O valor da cesta básica subiu pelo segundo mês consecutivo nas 17 capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Em novembro, as maiores altas ocorreram em Recife (5,47%), Goiânia (4,64%), Brasília (4,39%) e João Pessoa (4,30%).
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Novamente, São Paulo foi a capital onde o valor da cesta básica registrou o maior valor, R$ 828, seguida por Florianópolis (R$ 799) e Porto Alegre (R$ 780). Nas cidades do Norte e do Nordeste, onde a composição da cesta é diferente, os menores valores médios foram verificados em Aracaju (R$ 533), Salvador (R$ 574) e Recife (R$ 578).
A alta no custo da cesta foi influenciada pela elevação no preço da maioria dos produtos, como kg da carne bovina de primeira (que ficou mais caro em todas as capitais), óleo de soja (que também subiu em todas) e café em pó (que aumentou em 14 das 17 cidades). O único item que registrou queda foi o feijão, que caiu em 12 cidades.
No geral, a comparação dos valores da cesta entre novembro de 2023 e de 2024 mostrou que o custo da cesta básica aumentou em todas as capitais, com destaque para as variações de de Campo Grande (14,47%), Goiânia (12,19%), Brasília (11,19%) e São Paulo (10,56%).
Cesta básica x salário mínimo
Quando comparado o custo da cesta e o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto de 7,5% da Previdência Social, verifica-se que o trabalhador comprometeu, em média, 53% do rendimento para adquirir os produtos alimentícios básicos. O número representa uma pequena alta em relação a novembro de 2023, quando o percentual ficou em 52%.
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Com base na cesta mais cara, o Dieese estima que o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas em outubro deveria ter sido de R$ 6.959,31 ou 4,93 vezes vezes o mínimo de R$ 1.412. No mesmo período do ano passado, quando o piso mínimo era de R$ 1.320, o valor necessário ficou em R$ 6.769 ou 4,79 vezes o valor vigente na época.