Pacote de corte de gastos conterá despesas em R$ 34 bilhões neste ano, segundo Haddad
Previsão inicial era de R$ 30 bilhões; ministro também comentou sobre o bloquei dos recursos do programa Pé-de-Meia
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Ellen Travassos
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o pacote de corte de gastos aprovado pelo Congresso Nacional ajudará a diminuir as despesas em 2025 em cerca de R$ 34 bilhões. Desse total, R$ 19 bilhões virão de economias efetivas de gastos e R$ 15 bilhões servirão para tapar novas pressões de gastos.
Haddad anunciou a nova estimativa ao voltar de uma reunião com a Junta de Execução Orçamentária (JEO), no Palácio do Planalto. No fim de novembro, o governo tinha dito que a economia em neste ano ficaria em torno de R$ 30 bilhões, sendo R$ 15 bilhões de cortes efetivos de gastos e metade para cobrir novas pressões de gastos, como crescimento vegetativo do número de beneficiários de programas sociais, ampliações de programa e alta da inflação.
"Na verdade, foram poupados pouco mais de R$ 19 bilhões. Hoje, eu vi a conta fechada pelo Planejamento. Então, nós vamos levar para o relator essa conta", declarou o ministro. O projeto do Orçamento de 2025 deve ser votado pelo Congresso após o carnaval.
Pé-de-Meia
O ministro voltou a comentar sobre o bloqueio de R$ 6 bilhões no programa Pé-de-Meia. De acordo com Haddad, o governo está confiante em um acordo para reverter a medida. Na segunda (10), foi realizada uma reunião com o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Augusto Nardes.
“Eu acredito que a conversa que aconteceu foi boa. Nós apresentamos nossos argumentos sobre a validade da lei aprovada quase por unanimidade no Congresso, mas estamos dispostos a ouvir os técnicos e ministros para adequar, se for a necessidade. Mas há uma lei aprovada que está sendo cumprida”, declarou.
Nardes disse que o governo terá que ajustar o Orçamento de 2025 para desbloquear o programa social, que paga R$ 2 mil por aluno de baixa renda do ensino médio. Nesta quarta (12), o plenário do TCU deverá julgar o recurso da Advocacia-Geral da União (AGU), que pede a liberação dos recursos, mas existe a possibilidade de um acordo porque o TCU vai "modular" a decisão de janeiro.
Sobre o tema, o ministro do TCU ainda se reunirá com os presidentes da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, e do Senado, Davi Alcolumbre, além de parlamentares aliados e de oposição ao governo.