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Economia

Indústria propõe ao governo adiamento de tarifaço de Trump por 90 dias

Objetivo é avaliar os possíveis impactos socioeconômicos que a medida causará ao Brasil

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Presidente dos EUA, Donald Trump | Divulgação/White House
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A Confederação Nacional da Indústria (CNI) formalizou, na segunda-feira (14), uma proposta ao governo federal para adiar em 90 dias a tarifa de 50% imposta pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aos produtos brasileiros. A taxação está programada para entrar em vigor em 1º de agosto, mas, segundo a entidade, é preciso mais tempo para avaliar os possíveis impactos socioeconômicos.

“Esse prazo é considerado essencial para que a indústria brasileira possa analisar de forma mais aprofundada os efeitos da medida. A estimativa preliminar apresentada durante a reunião aponta para uma possível perda de pelo menos 110 mil postos de trabalho, caso a medida entre em vigor nos termos anunciados, além de forte impacto negativo no PIB [Produto Interno Bruto]”, observou a CNI.

Além da análise, o adiantamento da taxação servia para “buscar soluções diplomáticas para evitar perdas mais amplas”. Neste contexto, a confederação destacou a “importância de conduzir o processo com prudência, equilíbrio e diálogo técnico, preservando os canais institucionais entre os dois países e reforçando a necessidade de cooperação para manter relações comerciais estáveis e previsíveis”.

A tarifa de 50% sobre os produtos brasileiros foi anunciada por Trump na última semana. Em carta enviada à Brasília, o republicano disse que a decisão buscava “corrigir as graves injustiças do sistema” comercial atual. Ele também associou a medida ao que considera “perseguição política” contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) – réu no inquérito sobre tentativa de golpe de Estado em 2022.

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já havia rebatido a medida, dizendo ser falsa a informação de que a economia norte-americana está em desvantagem no comércio entre as duas nações e que as decisões judiciárias brasileiras cabem somente ao Brasil. O líder chegou a defender novas negociações, mas garantiu uma resposta baseada na Lei da Reciprocidade — que permite que o país adote medidas comerciais contra países que impuserem barreiras ou tarifas que afetem produtos nacionais.

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