Economia

Haddad comenta dólar a R$ 6 e diz que é preciso por em xeque "profecias" do mercado

Ministro da Fazenda defendeu cortes de gastos do governo e isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil

Imagem da noticia Haddad comenta dólar a R$ 6 e diz que é preciso por em xeque "profecias" do mercado
Haddad e outros ministros em coletiva para explicar pacote de corte de gastos do governo federal | Divulgação/Diogo Zacarias/Ministério da Fazenda

Ao comentar a alta do dólar, que atingiu R$ 6 nesta quinta-feira (28), após governo anunciar a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil e pacote de corte de gastos, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu que medidas — com economia estimada de R$ 70 bilhões entre 2025 e 2026 — serão feitas na prática

SBT News Logo

Acompanhe o SBT News nas TVs por assinatura Claro (586), Vivo (576), Sky (580) e Oi (175), via streaming pelo +SBT, Site e YouTube, além dos canais nas Smart TVs Samsung e LG.

Siga no Google Discover

Sobre a pressão do mercado, Haddad disse não haver uma "bala de prata" ou solução milagrosa para o déficit fiscal do Brasil. O chefe da equipe econômica do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também falou da pressão do mercado e questionou as "profecias erradas" do setor a respeito da economia nacional.

"É preciso colocar em xeque as profecias não realizadas. Crescimento de 1,5%, vai ser de crescimento de 3,5%. O mercado tem que fazer releitura do que o governo está fazendo. Tanto no crescimento e no déficit o mercado errou", disse o ministro, em entrevista coletiva na manhã de hoje para explicar medidas anunciadas na noite de ontem.

Haddad ainda se disse "satisfeito" com o resultado fiscal previsto para 2024. Para ele, não é possível resolver quase 10 anos seguidos de déficit fiscal "de um ano para o outro". Entre 2014 e 2024, as contas públicas só fecharam no azul em 2022. Na coletiva, Haddad afirmou que as soluções que o governo atual está buscando são naturais e de ajuste das contas, mas sem vender ativos do país, como as estatais.

Outro questionamento sobre dólar

Em outra entrevista coletiva no final da manhã, desta vez ao lado do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), Haddad voltou a ser questionado sobre a alta histórica do dólar, mas não respondeu diretamente.

Haddad e Pacheco dão entrevista coletiva no Senado Federal sobre corte de gastos e reforma do Imposto de Renda | Reprodução/YouTube
Haddad e Pacheco dão entrevista coletiva no Senado Federal sobre corte de gastos e reforma do Imposto de Renda | Reprodução/YouTube

"Vamos ver como isso acomoda. A partir do momento em que você vai explicando [as medidas de cortes e da reforma do Imposto de Renda] e as pessoas vão entendendo [...] Havia também uma confusão muito grande em relação à reforma da renda, que eu acredito que seja o que está dando o maior ruído. Não é a questão das medidas que estão sendo apresentadas aqui. É o debate sobre a renda", disse.

"Nós sabíamos que o debate sobre a renda ia exigir um aprofundamento da questão. Mas não é uma coisa que vai ser votada este ano, nem deveria, pelo fato de ser uma matéria que tem que contar com o debate da opinião pública. O presidente [Rodrigo] Pacheco já falou o número de audiênicas públicas necessárias para debater a matéria, especialistas que vão ser chamados", completou.

"É uma matéria que nunca foi enfrentada, a rigor, conforme está sendo proposto. Então, vamos abrir um debate importante no país, sobre a questão da justiça tributária no Brasil", concluiu Haddad.

Últimas Notícias