Desemprego cai a 7,1% no trimestre encerrado em maio, menor índice em 10 anos
7,8 milhões de brasileiros estão sem emprego; número de trabalhadores com carteira assinada bateu recorde da série histórica, iniciada em 2012
A taxa de desemprego no Brasil caiu a 7,1% no trimestre encerrado em maio (correspondente a março, abril e maio), segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (28). Esse número, que corresponde a 7,8 milhões de brasileiros, é o menor para um trimestre encerrado em maio desde 2014.
Na comparação com o trimestre de dezembro de 2023 a fevereiro de 2024, o número de desocupados caiu 0,7 ponto percentual (p.p). A taxa é 1,2 p.p menor que a registrada no mesmo período do ano passado, quando foram contabilizados 8,3% de desocupados.
A população ocupada no Brasil chegou a 101,3 milhões, um crescimento de 3% na comparação anual. Isso corresponde a mais 2,9 milhões de postos de trabalho. O número de empregados com carteira de trabalho no setor privado chegou a 38,326 milhões, o maior da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, iniciada 2012. Houve alta de 0,9% no trimestre e de 4,1% – o que corresponde a mais 1,5 milhão – no ano.
Empregados sem carteira no setor privado são 13,7 milhões, o que também é um recorde da série histórica. O número teve alta de 2,9% no trimestre e cresceu 5,7% – equivalente a mais 741 mil pessoas – no ano.
O número de trabalhadores por conta própria (25,5 milhões de pessoas) ficou estável em ambas as comparações, assim como o número de empregadores (4,2 milhões de pessoas). O número de trabalhadores domésticos (5,8 milhões de pessoas) também não teve variação significativa.
A taxa de informalidade foi de 38,6% da população ocupada (ou 39,1 milhões de trabalhadores informais), contra 38,7% no trimestre anterior e 38,9% no mesmo trimestre móvel de 2023.
Crescimento do rendimento real
O rendimento real habitual de todos os trabalhos (R$ 3.181) ficou estável no trimestre, mas cresceu 5,6% no ano.
A massa de rendimento real habitual (R$ 317,9 bilhões) atingiu novo recorde da série histórica iniciada em 2012, subindo 2,2% na comparação trimestral e 9% (mais R$ 26,1 bilhões) no ano.