Consignados privados: R$10,1 bilhões em empréstimos foram liberados
Mais de 1,8 milhão de trabalhadores de carteira assinada foram beneficiados

Ellen Travassos
Em pouco mais de um mês de operação, o novo Consignado do Crédito do Trabalhador já disponibilizou R$ 10,1 bilhões em empréstimos, ajudando 1,8 milhão de trabalhadores com carteira assinada em todo o país. Os dados foram divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
Desde 25 de abril, os trabalhadores podem migrar dívidas antigas para o novo consignado. E, a partir de 16 de maio, será possível transferir o empréstimo para outro banco que ofereça taxas de juros melhores.
O ministro Luiz Marinho destacou que o programa ajuda as famílias a terem acesso a crédito com juros mais baixos, melhorando a qualidade de vida. "Os empréstimos têm garantia de até 10% do FGTS, o que reduz os riscos e os juros", explicou.
Ele também alertou sobre os perigos dos juros altos do cartão de crédito: "É importante planejar as finanças e pesquisar as melhores condições antes de pegar um empréstimo".
Para a troca de dívidas (consignados ou crédito pessoal) as instituições financeiras são obrigadas a oferecer juros mais baixos que os dos empréstimos originais.
A média dos empréstimos da linha alcança R$ 5.434,62 por contrato, com uma prestação média de R$ 327,28 num prazo de 17 meses.
Os maiores volumes de recursos contratados foram verificados nos estados de São Paulo (R$ 2,6 bi), Rio de Janeiro (R$ 835,8 milhões), Minas Gerais (R$ 853,3milhões), Paraná (R$ 681,4 milhões) e Rio Grande do Sul (R$ 677,1 milhões).
Atualmente, o Programa conta com 35 instituições financeiras executando a linha, nas mais de 70 instituições já habilitadas. Dos 10 bilhões de empréstimos, o Banco do Brasil acumula o maior volume de empréstimos, já tendo emprestado R$ 2,7 bilhões através do Crédito do Trabalhador, a maior parte para liquidar dívidas mais caras.
Portabilidade
A partir de 16 de maio, os trabalhadores poderão transferir seus empréstimos consignados para bancos que ofereçam taxas de juros menores. Essa portabilidade, que promete aumentar a concorrência entre as instituições financeiras, estava originalmente prevista para 6 de maio, mas foi adiada para garantir o funcionamento adequado do sistema.
O MTE, a Dataprev e os bancos participantes do programa Crédito do Trabalhador decidiram pelo adiamento para concluir os testes necessários na plataforma. Com isso, os trabalhadores terão mais segurança na hora de buscar melhores condições para seus empréstimos.