Agência Standard & Poor's eleva nota de crédito do Brasil
Aprovação de reformas propostas pelo governo foi decisiva, diz o ministro Fernando Haddad
A agência de classificação Standard & Poor's (S&P) melhorou a nota de crédito da economia brasileira de BB- para BB. É uma etapa acima na escala que leva à mais alta prateleira das avaliações, o chamado "Grau de Investimento". É a primeira mudança desse tipo no rating do país desde 2019.
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Para o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a aprovação das reformas propostas pelo governo foi decisiva para a reclassificação para melhor.
"Bom, era a última agência a rever a nota do Brasil, né? Duas outras já tinham revisto, a Moody's e a Fitch, nós já tínhamos tido boas notícias no meio do ano e eu penso que a S&P estava aguardando o desfecho das reformas que foram propostas pelo Congresso. Agora, é preciso salientar que essa harmonia entre os poderes, quando executivo, legislativo e judiciário se unem em torno de uma causa, é colocar ordem nas contas, garantir o orçamento, garantir os problemas sociais. Quando o país tem um projeto, as agências percebem que há uma coordenação em torno de um objetivo maior. E a reforma tributária realmente foi o ponto alto dessa trajetória" - Fernando Haddad, ministro da Fazenda
A S&P classificou a perspectiva da nota brasileira como "estável", o que significa que não há, para o curto/médio prazo, uma nova melhora da nota no horizonte da economia brasileira. Um dos pontos observados pela agência foi a desaceleração da economia no segundo semestre de 2023: a estimativa, de acordo com a S&P, é de que o Brasil cresça 3,0% neste ano, e reduza o ritmo para 1,5% em 2024.