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Economia

Eventos climáticos extremos afetam a produção e os preços dos alimentos

As hortaliças registraram uma elevação de 12% entre os meses de outubro e novembro de 2023, segundo o Ceagesp

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foto de hortaliças em barraca de feira
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O calor extremo afeta a produção e os preços dos alimentos. Depois de quedas seguidas da inflação sobre os preços de alimentação e bebidas, nos meses de junho, julho, agosto e setembro, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou uma alta do índice no mês de outubro (0,31%), quando estados do país já enfrentavam ondas de calor e enchentes. São os itens considerados como os mais saudáveis e que dão mais cor aos pratos, os primeiros a serem afetados pelos eventos climáticos extremos.

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Segundo a Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo), o mês de novembro apresenta alta de 12% no valor das hortaliças, em relação ao mês de outubro. Essa realidade já é sentida entre os comerciantes. Alessandro Costa, que é feirante, diz que está cada vez mais complicado. "Está difícil a compra. Os produtos que pego no Ceagesp estão cada vez mais caros", afirma o Alessandro. Para a contadora Cleide Penteado, a origem das elevações está no clima. "Eu percebo que calor acaba murchando um pouco as frutas, verduras e legumes e um pouco de aumento sim", segundo a contadora.

Segundo especialistas, cerca de 30% da produção de alimentos in natura, como frutas, verduras e hortaliças podem ser prejudicadas por esses fenômenos.

De acordo com o economista e professor da universidade de Brasília Cesar Bergo, em 2023 a população não deve sentir tanto no bolso, mas se medidas para controle das plantações não forem tomadas, a pressão sobre o preço dos alimentos deve aumentar, em especial no início de 2024. "Quando falamos diretamente na hortaliça, nos referimos aos insumos pra alimentação animal, por exemplo - que é o milho com a soja. Se houver quebra de safra, você vai encarecer o preço da carne também e do leite. Então isso também pode a partir de 2024 termos esse tipo de problema", segundo o economista. 

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