Cortes na Selic vão aumentar a oferta de crédito, diz Caixa
Lucro do banco cresceu 16,5% e bateu R$ 3,2 bilhões no 3º trimestre; Desenrola Brasil já renegociou R$ 4,5 bi
Guto Abranches
O novo presidente da Caixa Econômica Federal disse que a queda da Selic vai aumentar a oferta de crédito no ano que vem. Carlos Vieira deu a declaração nesta 3ª feira (14.nov), em sua primeira entrevista coletiva depois de assumir o cargo.
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Entre outros números, os executivos ressaltaram o lucro do banco no período julho a setembro: R$ 3,2 bilhões. Um crescimento de 16,5% em relação ao mesmo período do ano passado. No mês de setembro, a alta foi de 8,4% para atingir um montante de R$ 7,8 bilhões.
O crédito imobiliário, ponto forte da Caixa em relação aos concorrentes, o volume total bateu a casa dos R$ 707,9 bilhões e atingiu um crescimento de 14,6% em setembro. Foram disponibilizados financiamentos para a aquisição de casa própria para dois milhões de pessoas. Um milhão de empregos foram criados pelo giro da indústria da construção.
Pessoa física
Os empréstimos/financiamentos para pessoa física também aumentaram. O crédito consignado puxou a fila, com alta de quase dez por cento (9,5%) nos últimos doze meses. O valor total chegou aos R$ 103 bilhões. Vale lembrar que, nos números divulgados pela instituição, pouca ou nenhuma influência dos cortes de juros se fez sentir. Mas de acordo com o presidente da Caixa, isso deve ocorrer naturalmente, com a continuidade dos cortes nos próximos meses.
" Nós tivemos esse ano uma posição de crescimento da concessão de crédito da Caixa da ordem de 16% e nós estamos revendo o orçamento para 2024 de forma que a gente possa proceder a uma maior concessão de crédito nesse aspecto também", Carlos Vieira, presidente da Caixa
Desenrola Brasil
O programa de renegociação de dívidas criado pelo governo federal também entrou na apresentação do banco. 187 mil pessoas foram atendidas até outubro deste ano. Elas renegociaram R$ 4,5 bilhões de reais.
Entre as principais perspectivas apontadas pela Caixa, a direção quer botar em prática um conjunto de medidas para transformar contas que já fazem parte da carteira do banco, em clientes pra valer. "Temos 150 milhões de contas. Queremos transformar esses 150 milhões em clientes que tenham a caixa como primeiro relacionamento. Aí nos precisamos de todo um reposicionamento da caixa em relação aos seus processos e ao mundo digital", conclui Vieira.
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