Bolsa brasileira acompanha otimismo nos EUA e decola quase 3%
Pregão paulista chegou aos 118 mil pontos com manutenção de juros americanos no horizonte; dólar vem abaixo
Guto Abranches
A Bolsa de Valores de São Paulo pegou uma boa carona no humor turbinada para o bem, em Wall Street, e decolou. Subiu 2,70% até os 118.160 pontos. Uma boa recuperação em relação aos números de sessões recentes, mas ao longo desta 6ª(03.nov) chegou a bater na máxima de 118.498 pontos. Apesar do declínio mais para o fechamento, foi um resultado que se pode dizer animador.
É que além da frieza dos números, o que veio junto diz muito a respeito dos negócios do dia. A bolsa paulista ficou o tempo todo de olho nos dados sobre emprego e desemprego no mercado norte-americano. Por lá, o mês de outubro gerou 150 mil postos de trabalho - abaixo da expectativa de 180 mil dos analistas. O desemprego também saiu algo melhor do que o esperado - se é que dá pra dizer assim: 3,9% no mês, ou 0,1 ponto percentual acima do mês anterior. No resumo, praticamente estável.
Dados que apontem para abertura menor de vagas e desemprego - ainda que ligeiramente - mais alto são ruins para quem vive do próprio trabalho. Mas a economia, notadamente o meio financeiro, considera as circunstâncias para efeito de definição para os juros, por exemplo. Menos trabalho significa menor pressão sobre os preços e menor risco inflacionário. E esse "ar pra respirar" pode dar ao Federal Reserve (Fed), o Banco Central do país, um tempo bem confortável para não elevar os juros básicos proximamente.
Menos rendimento via juros, abre espaço para o investidor tomar mais risco, na Bolsa. A consequência direta aparece nos principais pregões de Wall Street. Veja os fechamentos em Nova York.
- Dow Jones: + 0,66%
- S&P500: + 0,94%
- Nasdaq: + 1,38%
No câmbio, o dólar derreteu 1,57%, e foi cotado para a venda a R$ 4,89.
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