Mercado financeiro nacional vira no final e fecha em queda
As oscilações do dia seguiram o cenário externo: chefão do Fed fala em juros mais altos e por mais tempo
Guto Abranches
Não era o que o movimento do dia sugeria a princípio, mas o Ibovespa fechou a 5ª feira (19.out) em queda de 0,05% aos 114.004 pontos. Não apenas o fechamento propriamente dito mas toda a evolução -- incluindo as oscilações para mais ou para menos -- do pregão foi pautada pela influência do cenário externo: marcadamente, o pronunciamento do chairman do Federal Reserve (Fed, Banco Central dos Estados Unidos).
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Durante encontro no Clube Econômico de Nova York, Powell deu mostras de que a força da economia americana ainda pode exercer influência no sentido de pressionar os preços: tradução, se houver ainda resistência dos índices de inflação, o rumo da política monetária --- para os juros --- pode indicar, inclusive, que os juros têm chance de voltar a subir. E não só: além de subir, manterem-se altas por mais tempo.
Ainda a compor o mesmo cenário, o mercado de trabalho e o poder de compra dos trabalhadores vão no mesmo sentido de manter o alerta ligado por conta do poder de consumo das famílias. O indicador de momento, o número de pedidos de seguro-desemprego, era estimado pelos analistas em 212 mil novas requisições. O fator decepcionou: saíram 180 mil pedidos, ou seja, o exército de 'desempregados' aumentou menos do que o mercado esperava. Por mais que, para os cidadãos, a realidade se apresente mais positiva, para quem analisa a economia no 'macro' a preocupação com os riscos para o custo de vida tornam-se maiores. E a frieza da finança não perdoa. Por conta disso, em Wall Street, os principais pregões tiveram dia de quedas. Confira:
- Dow Jones: - 0,75%
- S&P500: - 0,85%
- Nasdaq: - 0,96%
No câmbio, a moeda americana cedeu 0,03%, até ser cotado para a venda a R$ 5,053.
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