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Economia

Queda do preço dos alimentos alivia bolso dos brasileiros

Antigos vilões, como o óleo de soja, o leite e derivados, voltaram a fazer parte do carrinho na hora das compras

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frutas em mercado
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O setor de carnes voltou a ficar movimentado, mas nada comparado ao corredor dos frios. As máquinas fatiadoras trabalharam em um ritmo acelerado neste feriado prolongado. Houve até congestionamento em frente ao balcão. O pintor automotivo Diego Patrick, com a senha em mãos, esperou mais de 15 minutos para ser atendido.

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Para muita gente, o carrinho do supermercado tem ficado mais cheio. E não é só impressão. Os alimentos caíram pelo 4° mês seguido, de acordo com o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), que mede a inflação oficial do país. No acumulado do ano, a queda foi de 2,83%.

A cebola que faz chorar agora tem motivo para sorrir. É a campeã na queda dos preços - em quatro meses teve queda de quase 50%. A deflação favorece a camada mais vulnerável da população. Veja a lista dos alimentos que ficaram mais baratos.

Na sequência da cebola (- 48,26%), aparecem a laranja (- 33,82%), a batata-inglesa (- 27,73), o abacate (- 27,37) e o feijão carioca (-19,34%).

Para Thiago Carvalho, professor de economia da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP, a escassez de alimentos durante a pandemia provocou sobrepreços que agora estão naturalmente sendo reduzidos.

"O fator de oferta, que estava mais restrito, que gerou mais inflação. Então a gente tem um custo maior, gerando mais inflação, e posteriormente a inflação diminuindo a demanda. O ajuste entre oferta e demanda, fazem hoje que, realmente, o preço dos alimentos caia", disse ele.

O clima, que foi favorável ao campo, e a nova política de combustíveis também ajudaram no processo de deflação.

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