Mães preferem investir na educação financeira dos filhos mais que os pais, mostra pesquisa
Enquanto mães são favoráveis à mesada, pais preferem investir na educação tradicional dos filhos
SBT News
A educação financeira é um assunto de extrema importância em qualquer idade, defende Fernando Lamounier, educador financeiro e diretor da Multimarcas Consórcios. "É necessário que a educação financeira seja cada vez mais incentivada na nossa sociedade", defende.
+ Leia as últimas notícias no portal SBT News
Entretanto, entender de educação financeira ainda quando criança pode ser beneficial, uma vez que ela crescerá preparada para "lidar com o dinheiro e obter uma relação muito mais saudável com as contas", argumenta Lamounier. Além de compreender desde cedo sobre responsabilidades financeiras, organização e valorização de ganhos. Esses, inclusive, são os principais motivos que os pais enxergam quando começam a dar mesada aos filhos.
Há, no entanto, certa divergência entre mães e pais quanto a como adotar essa prática com as crianças. Segundo a Acordo Certo, empresa de negociação de dívidas online, 70% das mães incentivam esse costume, contra 30% dos pais. No âmbito da importância de guardar dinheiro da mesada as mães são mais participativas, com 87%, entre os pais 80% tratam do assunto.
Mesmo assim, ambos concordam com a relevância de se falar com os filhos sobre como ter uma vida financeira saudável e como se organizar para a mesada ser utilizada da melhor forma. 85% dos pais entrevistados seguem essa lógica, de acordo com pesquisa "Finanças Infantis", realizada pelo Serasa em parceria com o Opinion Box em 2021.
A justificativa dada pelos pais para não serem tão generosas quanto às mães sobre a prática da mesada é que eles preferem investir na educação "tradicional" dos filhos, visto como um investimento a longo prazo. Com base no levantamento realizado pelo HSBC, 97% dos pais desejam que os filhos frequentem a universidade, 84% uma pós-graduação e 7 em cada 10 pais esperam que os filhos tenham uma educação melhor que as que tiveram.
Rodrigo Bouyer, docente, avaliador do Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) e sócio-diretor da BrandU Consultoria Educacional e da Somos Young, confirma o desejo dos pais com relação ao nível educacional dos filhos e ainda reforça a preocupação dos que possuem baixas condições financeiras. "Estamos falando de um período de alta competitividade em universidades federais e particulares [?] É uma situação que requer gastos com materiais e, em alguns casos, com cursos preparatórios para o vestibular", elucida.
Além dos gastos ditos antes do período universitário, há também aqueles durante, como alimentação, transporte, material, moradia e outros. "Investir em educação amplia as possibilidades dentro do mercado de trabalho, além de proporcionar novas visões de mundo", afirma Bouyer.
Leia também: