Bolsa tem nova alta mesmo em meio a preocupação com a guerra: 1,37%
Ibovespa segue principais índices em Wall Street que se animaram com perspectiva de juros estáveis
A Bolsa de Valores de São Paulo voltou a fechar em alta mesmo em meio a um cenário de preocupação mundial com a guerra Israel x Hamas. O mercado acionário seguiu o desempenho dos principais indicadores de Wall Street (veja fechamentos abaixo) que também tiveram dia positivo.
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Em São Paulo o Ibovespa terminou a 3ª terça (10.out) em alta de 1,37% aos 116.787 pontos. A visão de que o conflito entre o grupo extremista Hamas e Israel deve permanecer circunscrito à região original -- sem ingressos de outros grupos atividas ou países ao menos até o momento - , de um lado fez confirmar no dia uma menor apreensão com a escalada da guerra e seus efeitos sobre a economia. Um exemplo, na observação dos analistas, é o barril do petróleo: o Brent teve leve queda de 0,65% para ser cotado a US$ 87,61. Apesar da baixa, os papéis preferenciais da Petrobras (PETR4) subiram 0,74% - depois de uma escalada de 4% no dia anterior.
Uma menor pressão sobre preços de um lado, com o cenário para óleo e combustíveis mais dentro do esperado, teve também o condão de impactar o ambiente econômico nos Estados Unidos: atento a uma eventual desaceleração da economia no viés da guerra, os analistas apostaram na possível parada no circuito de alta de juros pelo Fed (Federal Reserve, Banco Central dos EUA). A curva de 'pagas' dos Treasuries já apontaram neste sentido. E o mercado acionário gostou. " Confiram os fechamentos.
- Dow Jones: + 0,40%
- S&P 500: + 0,52%
- Nasdaq: + 0,58%
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" A reação dos mercados financeiros vai no sentido de avaliar que a guerra em Israel será localizada e rápida e sendo assim o preço dos ativos alivia no curto prazo. Contudo, a melhora a curto prazo não deve ser lida como permanente, uma vez que os outros motivos que tiravam o sono do mercado ainda estão na mesa e sobre estes se somam este conflito", avalia o economista e consultor André Perfeito.
Mas na avaliação do economista, a equação apresentada se propõe a responder por quanto tempo o cenário persistirá assim.
"Como o petróleo não 'explodiu', isso gerou espaço para queda dos juros norte-americanos hoje, criando as condições para a alta das bolsas ao redor do mundo. Não acredito que este processo de queda de juros nos EUA será intensificado nos próximos dias, logo a melhora dos mercados pode ser limitada. Vale notar que os juros nos EUA podem estar caindo não por conta de uma melhora da perspectiva da inflação, mas por uma 'busca por segurança' dos títulos norte-americanos, logo, apesar do sinal ser o mesmo (queda de juros) o racional pode ser diametralmente oposto dos investidores" - André Perfeito
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