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Economia

Número de brasileiros que investem no mercado financeiro cresce 36%

Investidores de todas as classes sociais buscam rentabilidade até nos chamados produtos de risco, como os fundos de ações

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O brasileiro é visto como conservador na hora de investir. Tanto é verdade que a poupança continua sendo a aplicação mais popular, apesar de render bem menos do que outros produtos oferecidos pelo mercado financeiro. É só fazer as contas e verificar.  Mil reais aplicados na caderneta de poupança, renderiam, em um ano, pouco menos de R$ 62,00. No Tesouro Direto Selic, atrelado à taxa básica de juros, o rendimento seria de de R$ 106,00. No Certificado de Depósito Bancário, o CDB, de renda fixa, o retorno em um ano, chegaria a R$ 140,00.

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O CDB foi a aplicação escolhida pelo estudante de Ciência Contáveis, Gustavo Alves Guimarães, quando recebeu o primeiro salário, ainda como estagiário. "Eu peguei vinte por cento do salário e coloquei na renda fixa para começar a fazer a minha reserva de emergência", explica. 

O percentual de brasileiros que investem em produtos financeiros chegou a 36% no ano passado. São 60 milhões de investidores no pais. Todas as classes sociais registraram alta, mas foi na classe " C " que a expansão se destacou: 7 pontos percentuais na comparação anual. Os dados da 6ª edição do Raio X do Investidor Brasileiro, em parceria com a Datafolha.

(Classe A/B 57% - Classe C 36% - Classe D/E 20% - Fonte: Associação Brasileira de Investimento Financeiro ) 

A decisão do Banco Central de reduzir a taxa Selic para 13,25% ao ano, impactou o rendimento de investimentos financeiros. O professor de Economia do Insper, Roberto Dumas, aconselha ao investidor, principalmente os de primeira viagem, a diversificar as aplicações, sempre que possível. Deixar uma parte em renda fixa e outra em renda variável, como os fundos de ações, por exemplo. O professor explica que os riscos são maiores, mas podem surpreender: "se a Selic, a taxa de juros for menor, o valor da empresa sobe e o valor da ação também sobe, permitindo maior rendimento"

EDUCAÇÃO FINANCEIRA 

A alta na busca por aplicações está ligada ao avanço da educação financeira e nas facilidades proporcionadas pelos bancos e fintechs. Segundo o pesquisador em finanças Carlos Heitor Campani, "hoje é muito simples, você investe pelo celular". Porém, o pesquisador aconselha que as pessoas endividadas devem, primeiro, organizar o orçamento doméstico, para, depois, se arriscarem no mundo dos investimentos.   

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