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Economia

Torneio de robótica reune 800 estudantes no Rio de Janeiro

Maratona de tecnologia divide os competidores em três modalidades; competição abre portas para carreiras

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Torneio de robótica
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800 alunos de ensino médio de escolas públicas, particulares e do Serviço Social da Indústria de 23 estados e do Distrito Federal vão mergulhar numa maratona de tecnologia. Eles participam de um torneio de robótica que tem início nesta 5ª(01.ago) na Marina da Glória, no Rio de Janeiro.  

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O encontro é o Festival SESI de Robótica Off Season, competição com foco em tecnologia, informática e engenharia. As provas se dividem em três modalidades, que incluem robôs de até 56kg e 2 metros de altura e réplicas em miniaturas de carros de Fórmula 1, disparados em uma pista de 24 metros.

Os estudantes competem em equipes e têm alguns meses para se preparar para os desafios na pista e nas arenas. Além da velocidade do carro e do desempenho dos robôs, que precisam cumprir as atividades e somar o máximo de pontos em partidas de 2m30s, os times são avaliados pelos diversos recursos que utilizam para modelagem, construção e programação das máquinas.

Projetos sociais para levar ciência e tecnologia à comunidade, gestão financeira e marketing das equipes, que funcionam como empresas, também são critérios de avaliação.

"O que parece apenas uma competição com robôs ágeis e carros que atingem 80 km/h é, na verdade, uma fábrica de talentos. Com uma metodologia que aplica, na prática, conceitos de ciências, engenharia, tecnologia, design e matemática, o chamado STEAM, os alunos ganham conhecimento e habilidades técnicas e comportamentais que vão moldar os profissionais que eles serão no futuro", afirma o diretor de Operações do Serviço Social da Indústria (SESI), Paulo Mol.

De olho no futuro

Para conhecer mais os interesses e as expectativas dos estudantes, o SESI aplicou um questionário on-line com os competidores sobre as áreas e profissões que eles desejam seguir. 49,5% se identificaram como gênero masculino, 49,6% feminino e 0,9% outros; Entre as áreas de maior interesse 51,7% dos estudantes querem a área de Engenharia ou de Ciências Exatas e da Terra. Na sequência, aparecem Ciências da Saúde (15%), Linguística, Letras e Artes (11,8%), Ciências Sociais e Aplicadas (9,7%), Ciências Humanas (6%), Ciências Agrárias (3%) e Ciências Biológicas (2,8%).

Sobre a profissão, especificamente, as que estão diretamente ligadas às atividades da robótica e aparecem entre as mais citadas estão engenheiro (246), programador e carreiras ligadas à computação (85), professor ou pedagogo (52) e designer (34).

Ao ingressarem em uma equipe, os estudantes têm a oportunidade de entrar em contato com áreas cujo ensino e aprendizagem ainda são deficitários no Brasil. O impacto na formação é positivo e duradouro, já que as atividades despertam o interesse e dão a base para os desafios que o jovem vai encontrar na formação técnica ou acadêmica e no mercado de trabalho. Cada vez mais, são demandados profissionais críticos, criativos, que resolvem problemas e sabem programar.

Categorias

  • F1 in Schools: no projeto educacional da Fórmula 1, os estudantes montam escuderias, com 3 a 6 integrantes. As equipes constroem um carro em miniatura, réplica dos carros oficiais de corrida, que, impulsionados por um cilindro de CO2, chegam a 80 km/h em uma pista de 24 metros. Eles também montam um plano de negócios e de marketing para promover a escuderia. 
  • FIRST Tech Challenge (FTC): a partir de um kit básico e da criatividade para utilizar diferentes materiais, os estudantes constroem e programam robôs de até 19kg, que precisam realizar uma série de atividades, como carregar blocos e empilhar cones. Eles também apresentam portfólio de engenharia para detalhar a criação e o funcionamento dos robôs.
  • FIRST Robotics Competition (FRC): semelhante à FTC, a FRC é mais complexa porque os robôs são de porte industrial e chegam a 56 kg e 2 metros de altura. Também precisam realizar atividades na arena, como se equilibrar em uma plataforma. 

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