Haddad diz que Copom pode reduzir juros em 0,5 pp semana que vem
O ministro ressaltou a elevação da nota do país pela agência DBRS; desaceleração econômica preocupa
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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta 6ª feira (28.jul) que há um espaço generoso para o Comitê de Política Monetária (Copom) cortar os juros na próxima reunião, nos dias 1 e 2 de agosto. Em entrevista coletiva na sede do ministério em São Paulo, Haddad repercutiu a elevação da nota de crédito do Brasil pela agência DBRS Morningstar, que subiu a classificação do país de BB- para BB. Foi a segunda agência a tomar a medida em menos de uma semana.
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"Às vésperas da semana do Copom, a primeira reunião do segundo semestre, gostaria de salientar que o mundo inteiro vê uma coisa boa acontecendo no Brasil. Restabelecemos a confiança, vamos atrair investimentos e promover bem estar para a população", disse Haddad.
Recado direto
Outra declaração soou como um recado direto ao Banco Central, mais especificamente a Roberto Campos Neto, presidente do BC. Com a taxa referencial de juros, a Selic, em 13,75% desde agosto do ano passado, "estamos cobrando mais juros do que o país que mais paga juros no mundo depois do Brasil [em alusão aos Estados Unidos, que hoje tem taxa no intervalo entre 5,25% ao ano e 5,5% a.a.]: estamos com o dobro do 'juro neutro'. Eu torço para que sejam reduzidos 5 pontos percentuais nessa taxa brasileira. São dez Copons cortando 0,50 pp. O Campos Neto tem tempo suficiente pra isso até o fim do mandato dele", disparou Haddad.
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