Dívida Pública está em 73,6% do PIB em junho, estável em relação a maio
Setor público tem déficit primário de R$ 48,9 bilhões; em junho de 2022 houve superávit de R$ 14,4 bilhões
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O setor público consolidado teve déficit primário de R$ 48,9 bilhões em junho. No mesmo mês de 2022, houve superávit de R$14,4 bilhões. As retrancas que compõem o indicador geral também tiveram resultados no vermelho: houve déficits de R$ 46,5 bilhões no Governo Central, de R$ 927 milhões nos governos regionais e de R$1,5 bilhão nas empresas estatais. Nos doze meses encerrados em junho, o setor público consolidado registrou déficit de R$ 24,3 bilhões, equivalente a 0,24% do PIB, ante superávit de R$ 39 bilhões, 0,38% do PIB, nos doze meses acumulados até maio.
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A conta de juros nominais somou R$ 40,7 bilhões em junho de 2023, comparados a R$ 98,2 bilhões em junho de 2022. Contribuiu para essa redução o resultado das operações de swap cambial: houve ganho de R$ 20,5 bilhões em junho de 2023 e contra perda de R$ 39,9 bilhões em junho de 2022. No acumulado em doze meses, os juros nominais alcançaram R$ 638,1 bilhões (6,18% do PIB) em junho de 2023, comparativamente a R$ 588,6 bilhões (6,29% do PIB) nos doze meses até junho de 2022. O resultado nominal do setor público consolidado, que inclui o resultado primário e os juros nominais apropriados, foi deficitário em R$ 89,6 bilhões em junho. No acumulado em doze meses, o déficit nominal alcançou R$ 662,4 bilhões (6,42% do PIB), elevando-se 0,03 p.p. do PIB em relação ao déficit acumulado até maio.
Dívida Líquida do Setor Público
A Dívida Líquida subiu 1,3 ponto percentual em junho, pra atingir 59,1% do PIB (R$6,1 trilhões). Resultado da valorização no câmbio, de 5,4% no mês e de outros elementos como o déficit primário (aumento de 0,5 p.p.), dos juros nominais apropriados (aumento de 0,4 p.p.) e do efeito da variação do PIB nominal (redução de 0,3 p.p.). No ano, o aumento de 2,0 p.p. na relação DLSP/PIB resultou das contribuições dos juros nominais apropriados (aumento de 3,3 p.p.), do efeito da valorização cambial acumulada de 7,6% (aumento de 0,9 p.p.), do déficit primário (aumento de 0,2 p.p.), do crescimento do PIB nominal (redução de 2,2 p.p.) e do ajuste de paridade da cesta de moedas que integram a dívida externa líquida (redução de 0,2 p.p.).
Dívida Bruta do Governo Geral
A Dívida Bruta do Governo Geral - que compreende Governo Federal, INSS e governos regionais - atingiu 73,6% do PIB (R$7,6 trilhões), estável em proporção do PIB em relação ao mês anterior. Contribuíram para a estabilidade os juros nominais apropriados (aumento de 0,6 p.p.), o efeito da valorização cambial no mês (redução de 0,2 p.p.), os resgates líquidos de dívida (redução de 0,1 p.p.) e o efeito da variação do PIB nominal (redução de 0,3 p.p.). No ano, o crescimento de 0,7 p.p. na relação DBGG/PIB resultou, em especial, dos juros nominais apropriados (aumento de 4,0 p.p.), do efeito da valorização cambial acumulada (redução de 0,3 p.p.) e do efeito da variação do PIB nominal (redução de 2,8 p.p.).