Bolsa de SP passa dos 122 mil pontos: maior patamar em dois anos
Quarta alta consecutiva veio com suporte de deflação e à espera da decisão dos juros nos Estados Unidos
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A Bolsa de Valores de São Paulo teve um pregão claramente positivo nesta 3ª(25.jul): num repeteco do desempenho do dia anterior, os papéis de Vale e de Petrobras fizeram sua parte para puxar o Ibovespa para o azul, em 0,55% até bater a marca dos 122.008 pontos. Maior nível de fechamento desde agosto de 2021.
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Os indicadores do dia só fizeram colaborar. O IPCA-15 de julho, em queda de 0,07%, animou os investidores desde cedo. Os juros de longo prazo apontaram para baixo. Reforço de peso, uma vez que o índice é considerado uma prévia da inflação oficial. Daí a ganhar corpo um cenário mais otimista quanto a um corte de juros pelo Copom, na reunião da semana de 01 e 02 de agosto. Já não é raro, agora, encontrar no mercado avaliações de especialistas que apontam para a possibilidade de um corte de 0,50 ponto percentual na Selic pelo Banco Central.
Dólar e o dia
No cenário externo as bolsas em Wall Street seguiram sinalizando visão positiva para a economia - e em particular para a política monetária. O mercado acena com uma alta de 0,25 ponto percentual na taxa referencial de juros pelo Federal Reserve (Fed, Banco Central dos EUA) na reunião desta 4ª feira (26.jul). Embora venha mais um aperto nos juros, o entendimento dos observadores é de que o ciclo de restrição provavelmente vá se estabilizar - pra dizer o mínimo - com a decisão neste nível, sem que haja necessidade de maiores altas no horizonte até o final do ano. Daí o dia positivo nos principais pregões. Confira:
- S&P 500:4.567,87 (+0,29%)
- Nasdaq: 14.144,56 (+0,61%)
- Dow Jones: 35.438,07 (+0,08%)
Reflexos também no Brasil. Uma alta menor nos juros nos EUA tende a abrir espaço para capitais que percorrem o planeta querendo aportar onde seja mais bem remunerado. E o Brasil, mesmo com corte da Selic nos próximos dias, ainda vai pagar dois dígitos de juros pra quem botar dinheiro aqui.
O dólar fechou em alta de 0,36% nesta 3ª feira. Cotação de R$ 4,75, depois de sequência de movimentações em que o real ganhou valor ante a divisa americana. Definição considerada "de ajuste" e dentro das expectativas.
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