Inadimplência cede 1% e atinge 66,6 milhões de brasileiros, segundo CNDL
Melhoras no desemprego e na renda não asseguram tendência de queda do volume de devedores
Guto Abranches
A inadimplência teve ligeira queda em junho, de acordo com a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). A margem agora é de 66,65 milhões de brasileiros com compromissos em aberto. O número de devedores caiu 1% na passagem de maio para junho.
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Uma melhora na margem das condições de emprego está entre as razões para a mudança.
"A pequena queda da inadimplência pode ser um reflexo da diminuição do desemprego e do aumento da renda no país. No entanto, foi uma queda modesta, e ainda é cedo para dizer que essa é uma tendência a longo prazo" - José César da Costa, presidente CNDL
Medida anual
Quatro em cada dez brasileiros adultos (40,87%) estavam negativados em junho deste ano, quando o volume de consumidores com contas atrasadas cresceu 7,64% em relação ao mesmo período de 2022.
O crescimento do indicador anual se concentrou no aumento de inclusões de devedores com tempo de inadimplência de 1 a 3 anos (21,64%).
Os devedores entre 30 e 39 anos são o grupo mais expressivo, com 23,81% do total: são 16,5 milhões de brasileiros nesta faixa, 51,06% são mulheres e 48,94% são homens.
Cada negativado deve em média R$ 4.030,25. Maior parte das dívidas é com bancos. Em média são 2,08 empresas credoras para cada devedor.
Três em cada dez consumidores (31,57%) dos consumidores deviam até R$ 500. Para as dívidas de até R$ 1.000 o percentual é de 45,7%.
Setor credor
Destaca-se a evolução das dívidas com o setor de Bancos com crescimento de 26,73%, seguido de Água e Luz (21,08%). Em outra direção, as dívidas com o setor credor de Comunicação (16,55%) e Comércio (0,72%) apresentaram queda no total de dívidas em atraso.
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