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Economia

"Não vai um centavo para outro país", diz diretor do BNDES

Mobilidade verde terá R$ 200 milhões do banco; foco da gestão do BNDES será inovação e sustentabilidade

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| Reprodução
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O diretor do Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), José Luis Gordon, respondeu às críticas sobre financiamento a obras em outros países e disse que o apoio a exportadores é revertido para o Brasil. 

Em entrevista exclusiva à jornalista Débora Bergamasco, no programa Perspectivas, do SBT News, nesta 4ª feira (12.jul), Gordon também anunciou que o BNDES terá um fundo de R$ 200 milhões para projetos de mobilidade urbana verde - como ônibus elétricos - que ainda será lançado pelo governo.

Projetos em outros países

Na entrevista, Gordon ressaltou que o fundo garantidor (vinculado ao Tesouro Nacional) usado para financiamentos de obras em outros países, como a Venezuela, é superavitário. 

"Não vai um centavo para outro país, seja Venezuela, EUA, Canadá, Argentina, não vai um centavo. O recurso vai para a empresa brasileira para ela vender o produto dela em outro país."

Gordon defendeu a gestão do BNDES e declarou que o banco espera um projeto de lei para organizar a exportação de serviços. 

 "Nesse momento o banco não tem apoiado a exportação de serviços. (...) Como tem uma série de problemas, nós estamos trabalhando em um projeto que a gente quer discutir com o Congresso Nacional, para que ele possa aprovar, para que possa organizar esse tipo de investimento", afirmou.

Inovação sustentável

O diretor do BNDES declarou que o foco da atual gestão do banco - presidido por Aloizio Mercadante - é a inovação e a sustentabilidade. Gordon defendeu uma "neoindustrialização" do Brasil e destacou que o país pode ser um líder na "economia verde". Como parte desse plano, antecipou que o banco terá um fundo voltado à mobilidade.

"Recentemente o MDIC, ministério do vice-presidente Alckmin, criou um fundo específico para o BNDES, de R$ 200 milhões, com recursos não reembolsáveis, para desenvolvimento de tecnologias ligadas à mobilidade, o que estamos chamando de descarbonização da mobilidade", disse. 

José Luis Gordon tem 40 anos e é economista formado pela Universidade de São Paulo (USP) e doutor em economia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com várias publicações na área de indústria e inovação.

Foi assessor especial do Ministério da Ciência e Tecnologia e do Ministério da Educação. Também ocupou o cargo de Diretor de Planejamento e Gestão da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), Secretário-Executivo da Associação Brasileira de Desenvolvimento (ABDE) e Presidente da Embrapii. Em janeiro de 2023, assumiu como Diretor de Desenvolvimento Produtivo, Comércio Exterior e Inovação do BNDES.

Veja a entrevista completa:

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