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Economia

IGPM tem segunda deflação seguida e cai 1,84% em maio

Preços ao produtor tem baixa histórica de 2,72% e puxam o indicador para queda acumulada de 4% em 12 meses

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Inflação do aluguel
• Atualizado em
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A inflação medida pelo Índice Geral de Preços - Mercado (IGPM), conhecido por reajustar os contratos de aluguel, caiu 1,84% em maio. O número é muito inferior à média das previsões do mercado, em torno de 0,50%. No mês anterior, o indicador já tinha baixado 0,95%. A sequência no ano aponta queda acumulada de 2,58%. No período de 12 meses, a deflação é ainda maior: 4,47%. 

A queda veio muito abaixo da estimativa do mercado, que era menos 0,45%.

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Confira a evolução dos índices de um ano pra cá no gráfico abaixo:

gráfico igpm
Evolução do IGP-M em 12 meses - Fonte FGV 

Composição

Observando-se os indicadores internos ao IGP-M, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) caiu 2,72%, maior deflação da série histórica. Como o IPA tem peso de aproximadamente 60% do índice geral, a tendência foi fazer baixar fortemente o indicador como um todo. Em abril, o mesmo componente já tinha apresentado deflação de 1,45%. 

"A deflação registrada no índice ao produtor (-2,72%), a maior de sua série histórica, foi influenciada pela redução dos preços de cinco grandes commodities, que, juntas, respondem por aproximadamente 1/4 do peso total do IPA. Entre essas, vale citar o comportamento dos preços do minério de ferro (de -4,41% para -13,26%) e da soja (de -9,34% para -9,40%)", afirma André Braz, coordenador dos Índices de Preços.  

Vale menção o recuo do milho em grão (de -4,33% para -15,64%) e bovinos (2,65% para -3,34%). Em sentido oposto, destacam-se os seguintes itens: soja em grão (-9,34% para -9,40%), leite in natura (1,99% para 3,92%) e suínos (-6,53% para -1,48%).

Índice de Preços ao Consumidor (IPC)

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,48% em maio. Em abril, tinha subido 0,46%. Seis das oito classes de despesa do índice apresentaram acréscimo em suas taxas de variação. A maior contribuição partiu do grupo "alimentação", cuja taxa de variação passou de 0,36%, para 0,79%. Destaque para o item hortaliças e legumes, cujo preço variou -0,68%, ante 6,32% na edição anterior.

Outros grupos de influência neste campo:

  • Comunicação: de 0,21% para 0,91%
  • Despesas Diversas: de 0,18% para 0,75%
  • Saúde e Cuidados Pessoais: de 1,01% para 1,22%
  • Habitação: de 0,62% para 0,75%
  • Vestuário: de 0,31% para 0,58%

No sentido oposto, "educação", "leitura" e "recreação" variou de - 0,96% para - 2,32%. Transportes baixou de 0,85% para 0,50%. Aqui destaques para passagem aérea saindo de uma deflação de -5,59% para -13,29%; e a gasolina cedeu de 2,39% para -0,09%.

Construção

Já o componente associado a construção, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), teve alta de 0,40% contra 0,23% de abril. O INCC responde por 10% do IGPM fechado. 

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