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Economia

Petrobras: política de preços tem retrocesso e oportunidade, dizem analistas

Papéis da estatal do petróleo sobem na abertura dos negócios na Bolsa; Ibovespa + 0,37%

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SBT News
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As novas regras para definição de preços de combustíveis, apresentadas pela Petrobras nesta terça-feira (16.mai) prometem concentrar polêmicas. A orientação básica é que a paridade com os preços internacionais não será mais adotada de forma exclusiva -- o mecanismo tinha sido criado no governo de Michel Temer em 2016. Agora serão considerados também os custos para produção no mercado interno, e os fatores regionais para produção/distribuição. Como a nova política era aguardada pelo mercado, assim que foram expostos os novos parâmetros a serem praticados pela
estatal brasileira, economistas, investidores e especialistas da área se dedicaram a interpretar as diretrizes. E como era de se esperar, rapidamente surgiram apoios e críticas ferrenhas ao novo conjunto de determinações. 

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De saída o mercado financeiro deu sinais de que recebeu bem os novos rumos dos preços para gasolina e diesel. Já na abertura dos negócios na B3, os papéis da petrolífera tinha bom desempenho: PETR3 (ON) subia 2,52% e PETR4 (PN) tinha alta de 3,27%. Pelo peso das ações da Petrobras sobre o Ibovespa, o principal índice da Bolsa de Valores nacional subia 0,41%.

Na análise de especialistas do setor, no entanto, uma boa dose de crítica à redefinição das normas. Adriano Pires, economista e consultor, que atuou na Agência Nacional do Petróleo e chegou a ser indicado para presidir a estatal, no governo Bolsonaro, acha que houve um retrocesso nas redefinições. 

"O anúncio feito pela Petrobras da nova política de preços e muito confuso. Não da para entender de forma clara como serão feitos os reajustes futuros. A única coisa que dá para afirmar e que acabou a transparência na determinação dos preciso na refinaria. Quantos mais elementos você usa para determinar o preço dos combustíveis menos transparência teremos e mais risco para o privado importar. Aumentou o risco para todos os agentes que atuam no mercado de combustíveis. Parece que querem esconder a realidade. Voltamos para trás", dispara Adriano. 

Já o economista e consultor André Perfeito, enxerga novas possibilidades para o equilíbrio dos preços.

" Não haverá mudanças periódicas de preços e isso sugere que a Petrobras buscará amenizar a volatilidade externa nos preços domésticos, o que faz sentido.  De fato a política atual dolarizou a gasolina e isso pode ser problemático em alguns momentos para se dizer o mínimo.(...) O momento atual é propício para a Petrobras, afinal hoje os preços domésticos estão mais caros que a paridade, seja porque o barril de petróleo está relativamente estável, seja pelo Real que se apreciou. Se a Petrobras souber administrar essa "gordura" a empresa pode conduzir uma política que agradará a Faria Lima e movimentos mais à esquerda, mas isso só saberemos com o tempo", aponta Perfeito.

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