Brasil mantém liderança mundial de juros reais pela quinta vez
Com 6,82% de juros reais, país só deve perder o topo do ranking em caso de corte acentuado dos juros
Guto Abranches
Independentemente da decisão do Banco Central (BC) na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), o país não deve perder a liderança do ranking dos juros reais. Em pesquisa elaborada pela casa de investimentos Infinity Asset, será a quinta edição consecutiva do levantamento a apontar o Brasil no topo da classificação.
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A única possibilidade de alteração na colocação seria um corte acentuado dos juros pelo Comitê de Política Monetária, possibilidade praticamente descartada pela maior parte dos agentes de mercado, ao menos neste encontro da diretoria do BC.
A avaliação dos analistas da Infinity projeta 90% de chances de que não haja alteração da Selic na reunião que termina nesta 4ª feira (03.mai), portanto, o Brasil, do alto de seus 6,82% de juros reais -- descontada a inflação -- permanece em primeiro.
"O problema global na condução da política monetária continua, onde o Brasil ainda registra dúvidas na ancoragem das expectativas de inflação, na ausência de um arcabouço fiscal aprovado e crível, enquanto os EUA continuam a registrar pressões no mercado de trabalho" aponta Jason Vieira, economista-chefe da Infinity Asset.
"Aos 13,75% aa, o Brasil reforça a 1ª colocação no ranking mundial de juros reais, preservando o pódio pela 5ª reunião consecutiva e acima de Hungria, Colômbia, Chile e México, com uma combinação de inflação projetada para os próximos 12 meses via Focus do BACEN de 5,32%, e a taxa de juros DI a mercado dos aproximados próximos 12 meses no vencimento mais líquido (Jun 24). O Brasil mantém a 1ª colocação, em qualquer cenário, seja de corte de juros de 25 ou alta de 25 bp" - Jason Viera, Infinity Asset
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