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Ibovespa descola dos mercados internacionais e fecha em queda: 1,04%

Mercado brasileiro aponta apreensão com cenário global à espera de Copom e arcabouço fiscal

Ibovespa descola dos mercados internacionais e fecha em queda: 1,04%
Bolsa de valores
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No primeiro pregão da semana em que serão decididos os juros no Brasil e nos Estados Unidos e, presume-se, o governo federal tornará público o novo arcabouço fiscal, o mercado financeiro mostrou-se apreensivo. O principal índice do mercado brasileiro, o Ibovespa, fechou em queda de 1,04% nesta 2ª feira (20.mar) aos 100.922 na B3. É o menor patamar em pontos deste ano e a pior marca desde 27 de julho do ano passado. 

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Apesar da incorporação do Credit Suisse pelo UBS, o maior banco da Suíça, num negócio estimado em US$ 2 bilhões, o mercado investidor tratou o tema com desconfiança: o valor pago pela aquisição do CS foi muito inferior ao potencial, acusam investidores. Os papéis do banco caíram 55,7%; já os do UBS subiram 1,3%. Com os negócios mais maduros ao longo do dia, as principais bolsas europeias tiveram desempenhos positivos. Confira:

- Londres (FTSE): + 0,93%

- Frankfurt (DAX): + 1,12%

- Paris (CAC): + 1,27%

Nos Estados Unidos os pregões também deram sinais de otismismo. Veja o fechamento dos principais índices:

- Dow Jones : + 1,20%

- S&P 500: + 0,89%

- Nasdaq: + 0,39%

Brasil e os juros 

No Brasil, o movimento dos negócios foi em grande medida pautado pela expectativa sim, quanto aos juros via Copom - acredita-se na manutenção da Selic em 13,75% a.a. com sinalização para corte efetivo na próxima reunião, em 02 e 03/05 - mas majoritariamente com radares voltados ao arcabouço fiscal. O ministro Fernando Haddad teve vários encontros com os líderes do governo no Congresso e com os presidentes da Câmara e do Senado.

De acordo com Haddad, o presidente Lula teria pedido que ele ouvisse economistas " não do mercado" com relação à proposta para a âncora fiscal. A ideia de Lula seria não permitir qualquer tipo de "contágio" da proposta pelos agentes financeiros.  Do outro lado do balcão, os investidores e analistas se empenharam na tentativa de descobrir alguma pista sobre o plano. Resultados a conferir. 

Arcabouço fiscal

O chamado arcabouço fiscal é um pacote de medidas que irá funcionar como referência para o equilíbrio das contas públicas, daí o apelido de "âncora fiscal". O novo plano, elaborado pela equipe econômica capitaneada pelo Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já foi apresentado ao presidente Lula e deve ser conhecido ainda nesta semana, antes da viagem de Lula e comitiva à China.

O pacote fiscal virá a substituir o Teto de Gastos, que perdeu validade nos últimos anos com os sucessivos "furos" promovidos pelo governo federal. Proposto em 2016, o Teto de Gastos limitava o crescimento das despesas públicas á variação da inflação. Será agora substituído pelo novo arcabouço. 

De um lado há pressões de parte do núcleo mais próximo ao presidente Lula para que o arcabouço permita gastos que resgatem (ao menos em parte) a dívida social do país; de outro, a pressão dos agentes econômicos da indústria "chão de fábrica" e da financeira para que o governo retrate no plano a responsabilidade com as contas públicas, sem expansão de gastos. 

Foi esta expectativa que levou a bolsa de São Paulo (Ibovespa/B3) a fechar em queda (1,04%); o dólar também caiu, 0,52%, cotado para venda a R$ 5,242. 

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