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Economia

"Banco Central independente é marca mundial", defende Arthur Lira

Na contramão de Lula, presidente da Câmara diz que modelo foi escolhido pelo Congresso e não deve ser mudado

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Arthur Lira
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O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) defendeu nesta 5ª feira (9.fev) a autonomia do Banco Central (BC). Afirmou que o modelo, inclusive, é uma "marca mundial". A declaração foi dada durante uma feira agropecuária em Cascavel (PR).

"O Banco Central independente, ela é uma marca mundial. E o Brasil precisa se inserir nesse contexto. Lógico que nós temos sempre as acomodações entre ministros da Economia, presidente do Banco Central. Mas eu penso que, tecnicamente, o Banco Central independente foi um modelo escolhido pelo Congresso Nacional", justificou. 

A independência do Banco Central foi aprovada por lei em 2021, no governo de Jair Bolsonaro (PL), com o objetivo de blindar a autarquia de pressões político-partidárias. Segundo Lira, o tema não deverá ser rediscutido no parlamento. Para o presidente da Câmara, a casa é contra uma eventual mudança na legislação vigente.

"Com relação a independência do Banco Central esse assunto não retroagirá. Eu tenho a escuta, a tendência do que a maioria do plenário pensa em relação à independência do Banco Central, que nesse assunto não retroagirá", aposta o presidente da Câmara.

Nesta 4ª feira (8.fev), o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) também saiu em defesa da autonomia do Banco Central. Disse que a lei que definiu o modelo pode ser considerada como um avanço. "É uma autonomia que afasta critérios políticos de algo que tem um aspecto técnico muito forte que é Banco Central. O presidente (Roberto Campos Neto) é um homem muito preparado, de muito bom trato. O presidente Lula está realmente muito determinado em enfrentar problema de fome, miséria e conferir boa estabilidade ao Brasil. Então quando homens de boa intenção se reúnem, os problemas se resolvem", minimizou Pacheco. 

+ Pacheco se manifesta a favor da autonomia do Banco Central

+ Lula diz que "não quer confusão" com BC, mas cobra vigilância do Senado

Nos últimos dias, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem criticado a autonomia da instituição e atacado a política de Roberto Campos Neto, presidente do BC. Lula afirmou que o Brasil tem uma política de juros altos e que o patamar do juro básico da economia e a política monetária definida pelo Banco Central "não combinam com a necessidade de crescimento" do país.

Em mais de um evento, o petista atacou o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que, na semana passada, decidiu manter a taxa de juros em 13,75% ? patamar em vigor desde agosto de 2022.

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