Publicidade
Economia

Dívida Pública Federal cresce em dezembro e bate R$ 5,951 trilhões

Evolução de 1,37% no último mês do ano contribuiu para estoque atingir a maior marca da série histórica

Imagem da noticia Dívida Pública Federal cresce em dezembro e bate R$ 5,951 trilhões
Tesouro Nacional
• Atualizado em
Publicidade

A Dívida Pública Federal (DPF) chegou a R$ 5,951 trilhões no fechamento do ano de 2022. O montante é o maior da série histórica, desde 2004. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira pela Secretaria do Tesouro Nacional.

+ Leia as últimas notícias no portal SBT News 

Em relação ao final de novembro, o estoque da dívida subiu 1,37%. Naquele mês, o montante acumulado era de R$ 5,870 trilhões. No encerramento do ano anterior o estoque era de R$ 5,613 tri. Nessa comparação, o valor acumulado pela DPF no comparativo anual cresceu 6%. 

Composição da dívida

O indicador inclui a dívida interna e a externa, quer dizer, as obrigações assumidas pelo Tesouro com seus "credores", que ao comprarem títulos da dívida brasileira ajudam o país a se financiar: as despesas não cobertas pela arrecadação de impostos são quitadas com essa rolagem. A parcela da dívida interna ( Dívida Pública Mobiliária Federal interna - DPMFi ) fechou 2022 em R$ 5,698 tri, o que representa um crescimento de 1,48% no último mês do ano. A Dívida Externa (DPFe) diminuiu 0,89% em dezembro, pra chegar aos R$ 252,45 bi no ano. 

Juros compostos 

De 2021 para 2022, o crescimento de R$ 337,8 bi na dívida é resultado da aplicação dos juros sobre o valor total devido pelo governo aos credores dos papéis brasileiros. Na ponta do lápis, o governo "pagou" R$ 556 bi em juros, e "recebeu" ( resgatou) R$ 218,2 bi em títulos. Ou seja, o governo precisou "menos" do mercado para cobrir as contas. 

O outro lado da mesma moeda equivale a dizer que houve certa frustração quanto à demanda pelos papéis do governo, principalmente os de longo prazo ( acima de 12 meses): os R$ 5,95 tri ficaram abaixo do piso de R$ 6 tri (de um intervalo que vai até R$ 6,4 tri) previstos pelo próprio governo. Para este ano, a projeção é que a dívida fique entre R$ 6,4 tri e R$ 6,8 tri, conforme o Plano Anual de Financiamento (PAF) do Tesouro. Um dos principais elementos a colaborar para o alcance dessa meta, dizem os economistas, é a definição do novo arcabouço que vai orientar a condução do cenário fiscal pelo novo governo. 

A reserva para pagamento dos compromissos da dívida subiu de R$ 1.142 bi para R$ 1.176 bi em dezembro. 

Leia também 

Publicidade

Últimas Notícias

Publicidade
Publicidade