O novo recorde de Covid da China e o possível impacto na economia global
Foram registrados 31.444 casos nesta 5ª feira (24.nov), dois mil a mais que o recorde de abril
Pablo Valler
O crescimento econômico global está em risco reforçado depois que a China registrou novo recorde de casos de Covid-19: 31.444 nesta 5ª feira (24.nov). Antes disso, eram 29 mil, registrados em 13 de abril desse ano.
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O surto atual cria incertezas às cadeias de suprimentos. Produtos como chips e conduítes usados na indústria de automóveis, por exemplo. O problema é que um terço dessas fábricas, que abastecem o mundo, estão na China.
Estima-se que 21% do Produto Interno Bruto (PIB) chinês -- representando uma parcela maior do que a economia britânica -- já está sob lockdown e pode piorar.
O banco Nomura cortou a previsão de PIB da China na relação entre o quarto trimestre desse ano e o mesmo período de 2021. De 2,8% para 2,4%. Também já reduziu a estimativa sobre o ano que vem. De 4,3% para 4%, pois não há esperança de melhora tão cedo. "Acreditamos que a reabertura ainda será um processo prolongado com altos custos", escreveu o economista-chefe da instituição, Ting Lu, em nota para clientes.
Mesmo com manifestações populares contra as restrições, não há mudança na política Covid zero do governo, que pretende, mais do que evitar a proliferação do vírus, impedir que as mortes voltem a acontecer. A preocupação maior é com os idosos, pois 40% não se vacinaram, conforme órgãos de saúde.
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