Varejo tem queda de vendas em outubro na comparação com mês anterior: 0,7%
Resultado do comércio físico brasileiro foi puxado pelo desempenho do setor de veículos, motos e peças, que caiu 6%
Guto Abranches
As vendas do comércio físico nacional -- que não levam em conta tudo que é vendido on-line -- tiveram queda de 0,7% em outubro. A comparação é contra o resultado de setembro, que havia apontado estabilidade do movimento. Os dados são do Indicador de Atividade do Comércio da Serasa Experian.
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De acordo com a pesquisadora, o setor que engloba Veículos, Motos e Peças teve a retração mais significativa, de 6%. O segmento de Supermercados, Hipermercados, Alimentos e Bebidas também resultaram negativo em =0,6%. Apesar de todas as demais áreas analisadas terem desempenhos no azul, a combinação não foi suficiente para evitar que o índice caísse. Confira os demais setores e seus resultados no gráfico abaixo:
A julgar por alguns elementos da economia, haveria chance de um resultado no território positivo. No entanto, algumas variáveis têm direção contrária. A queda da inflação, que eleva o poder de compra do consumidor, seria um destes. A questão é que, para conseguir esta redução, a taxa de juros é que permanece mais alta e por mais tempo. "A contínua alta da taxa Selic impacta setores que têm os financiamentos como principal ferramenta de compra, por exemplo, o segmento de Veículos, Motos e Peças, que apresentou a maior queda do mês, influenciando a retração geral do índice", avalia Luiz Rabi, economista da Serasa Experian.
Índice dentro do índice
Considerando-se a variação anual, entre outubro/22 e o mesmo mês do ano passado, as vendas subiram 1,6%. Nesta ângulo de análise, o setor de Combustíveis e Lubrificantes teve o aumento mais expressivo: 7,3%. Já Móveis, Eletrodomésticos, Eletroeletrônicos e Informática caiu forte: =2,9%. Foi o único segmento no vermelho.
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