Primeira projeção prevê safra recorde de grãos em 2023, aponta IBGE
Aumento deve ser puxado pela recuperação na produção da soja e do milho, mesmo com clima adverso
Pablo Valler
A safra brasileira de grãos, cereais e leguminosas deve somar 288,1 milhões de toneladas em 2023. Seriam 9,6% a mais que nesse ano e um novo recorde, conforme o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) divulgado nesta 4ª feira (9.nov).
O aumento deve acontecer, principalmente, nos seguintes itens:
- Soja: 19,1% ou 22.783.143 toneladas
- Milho 1ª safra: 16,8% ou 4.273.026 toneladas
- Algodão herbáceo em caroço: 2,0% ou 82.558 toneladas
- Sorgo: 5,7% ou 160.057 toneladas
- Feijão 1ª safra: 4,9% ou 53 514 toneladas
"Esse crescimento é devido à recuperação das produções afetadas em 2022, principalmente a soja, que teve perdas na safra do verão nos estados do Paraná, do Rio Grande do Sul e do Mato Grosso do Sul", analisa o gerente da pesquisa, Carlos Barradas.
Foram estimados declínios nas produções de:
- Arroz: -3,5% ou -374.380 toneladas
- Milho 2ª safra: -0,2% ou -163.690 toneladas
- Feijão 2ª safra: -9,5% ou -124.796 toneladas
- Feijão 3ª safra: -3,7% ou -24 607 toneladas
- Trigo: -12,1% ou -1.155.066 toneladas
Com relação à área prevista, apresentam variações positivas:
- Soja em grão: 1,2%
- Milho em grão 1ª safra: 0,9%
Devem ter áreas menores de producão os seguinte itens:
- Arroz em casca: -4,1%
- Milho em grão 2ª safra: -0,6%
Por regiões, diferenças bastante grandes:
- Rio Grande do Sul: 52,5%
- Paraná: 28,4%
- Santa Catarina: 15,2%
- Mato Grosso do Sul: 8,4%
- Tocantins: 7,0%
- Rondônia: 4,1%
- Sergipe: -0,1%
- Mato Grosso: -0,3%
- Maranhão: -2,4%
- Pará: -3,3%
- Bahia: -3,3%
- Piauí: -4,8%
- São Paulo: -6,5%
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