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"Vou trabalhar com o novo governo da melhor maneira", diz presidente do BC

Roberto Campos Neto participou nesta 5ª feira (3.nov) de um painel em evento do Santander

"Vou trabalhar com o novo governo da melhor maneira", diz presidente do BC
Roberto Campos Neto participando de painel (Reprodução/YouTube)
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O presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto, afirmou nesta 5ª feira (3.nov) que trabalhará com o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) "da melhor maneira possível" para que a autoridade monetária alcance coisas que, na visão do economista, serão melhores para a população do país.

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A declaração foi dada em participação no painel "Caminhos para o crescimento em uma economia em mudança", na Santander International Baking Conference 2022, após ser incentivado a comentar sobre as implicações dos resultados da eleição de 2022. "Geralmente os Bancos Centrais não falam muito sobre política, mas acho que a implicação é que, como podemos ver, o país está muito dividido. Você teve uma eleição em que eu acho que alguns dos valores que estão ligados ao atual governo provou muito bem em termos de eleição de pessoas para a Câmara dos Deputados e para o Senado", começou Campos Neto.

Na sequência, pontuou: "No Banco Central nós somos independentes agora, nós temos autonomia, então nossa principal função agora é seguir em frente com o plano, acho que temos uma luta importante contra a inflação, precisamos encontrar uma forma de o país crescer de forma sustentável. Temos uma agenda digital que está promovendo a inclusão no setor financeiro, está promovendo a concorrência no sistema bancário e vou trabalhar com o novo governo da melhor maneira possível para que possamos alcançar isso que acho que vai ser melhor para o povo brasileiro".

Ainda no painel, o presidente do BC falou sobre os fatores que levaram este a subir a taxa básica de juros no ano passado da forma como subiu. De acordo com ele, houve "dois componentes principais": uma interpretação um pouco diferente por parte do BC brasileiro sobre o processo de inflação global e a existência, no país, de "uma memória muito alta" a respeito de indexação e inflação.

Sobre o primeiro componente, disse que a interpretação do BC ocorreu talvez pelo fato de estar no Brasil e a população brasileira ter vivido "com uma inflação alta há muito tempo", além de que a autoridade monetária começou "a ver a enorme coordenação em termos de política monetária e fiscal em, ao mesmo tempo, de uma forma sem precedentes em termos de dinheiro que estava sendo aplicado".

Já comentando sobre o segundo, relembrou a crise econômica brasileira de 2014: "Tivemos o episódio de 2014, 15 e 16 que a inflação saiu do controle e então tivemos que colocar o país em recessão para resolver o problema. Para nós, era muito claro que não poderíamos correr esse risco [no ano passado], então precisávamos começar a subir as taxas e começar a subir rápido. E outro elemento é que a inflação dos alimentos no Brasil veio primeiro em comparação com alguns dos outros países, então estávamos começando a ver a inflação dos alimentos subindo e também tivemos um problema climático [falta de chuva] ao mesmo tempo".

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